Zé Cocá confirma eventual candidatura da sua esposa à prefeitura de Lafaiete Coutinho em 2024

Patrícia Miranda é cogitada para disputar prefeitura. Foto: Rede social

Em entrevista na manhã desta segunda-feira (10) a Rádio Jequié FM, o prefeito Zé Cocá (PP) foi questionado sobre à sucessão municipal na vizinha cidade de Lafaiete Coutinho, no Vale do Jiquiriçá, município governado por ele [Zé] de 2012 a 2016, quando lançou o então secretário municipal e atual prefeito, João Vei (PP), este que rompeu com Cocá por divergências políticas durante as eleições estaduais de 2022. Zé e João cresceram juntos na política e sempre viveram em harmonia. A partir de 2022, no entanto, a relação foi posta à prova com divergências que passaram a marcar os encontros dos antigos aliados. Discussões cada vez mais acaloradas estremeceram inclusive a amizade que ainda não foi retomada.

Com o racha do PP de João Leão com o PT de Rui antes da disputa eleitoral do ano passado, Cocá seguiu o cacique do seu partido. Enquanto João preferiu permanecer na base do então governador Rui Costa, que para reforçar a aliança chegou a nomear a esposa de João, Andreza Menezes, para o cargo de coordenadora do Hospital da Criança, inaugurado em março de 2022 em Jequié e por lá a primeira-dama de Lafaiete permanece até os dias atuais.

Além da ruptura entre PP e PT, outro motivo teria gerado o conflito – político. Zé Cocá, que teria deixado o mandato de deputado estadual para disputar a Prefeitura da Cidade Sol em 2020, se articulou para manter o espaço na Assembleia Legislativa da Bahia e lançou como seu sucessor o ex-vice-prefeito de Jequié, Hassan Iossef (PP), este que não contou com o apoio de João, que contrariou a decisão do padrinho e decidiu pelo apoio a outro ex-integrante do grupo liderado por Cocá, Patrick Lopes, que renunciou ao cargo de chefe do Executivo de Jitaúna, no Médio Rio de Contas, desfiliou-se do PP de Leão e ingressou no Avante de Isidório com anuência de Rui.

Em síntese: ambos, Hassan e Patrick, saíram eleitos do processo, resultado que aumentou a distância entre Zé e Jão. Agora, com a proximidade do ano eleitoral, tem sido quase impossível eles evitarem temas político-eleitorais. Indagado hoje sobre a sua esposa ter nome cogitado para disputar a Prefeitura de Lafaiete em 2024, Cocá afirmou que vem articulando um grupo, citando o vice-prefeito Hélio Romão (PP), além de  6 vereadores, entre eles o presidente da Câmara Municipal, Clayton Aguiar (PP) que estariam dispostos a apoiar uma eventual candidatura de Patrícia Miranda Santana Brandão, atual secretária de Desenvolvimento Social de Jequié, cargo que a mesma já exerceu com destaque em Lafaiete. ”Nós temos vários nomes, um grupo composto por seis vereadores, o nosso vice-prefeito Hélio Romão, a minha esposa Patrícia, quem tem uma relação com a socidade, o meu irmão Binho e nós estamos debatendo sobre quem será o candidato. Foi a cidade onde me projetei, comecei a minha vida, Lafaiete pra mim é paixão”, disse.

Ainda sem definição do nome que irá lhe representar na disputa, o prefeito reeleito João estaria se aproximando do adversário derrotado por ele com o apoio de Zé no pleito de 2020, Orlando Cardoso, do PSD, união que vem sendo criticada pela oposição. ”Se tem uma coisa que eu tenho é vergonha na cara! Se o cara lhe chamar de vagabundo, ladrão, se disser que você é o político mais corrupto do Brasil, você votaria nele? Isso pode acontecer em Lafaiete”. A fala foi de Cocá ao se referir a João e Orlando. *por Marcos Frahm