Servidores municipais de Jequié paralisam atividades cobrando readequação de decretos

Presidente Maria Neide lidera protesto
Presidente Maria Neide lidera protesto. Foto: Divulgação

Servidores da Prefeitura de Jequié deliberaram em assembleia realizada nesta quarta-feira (16/9), pelo Sinserv (Sindicato da categoria), a paralisação de suas atividades protestando contra os efeitos provocados nos ganhos desses servidores pelos decretos municipais 15.085, 15.086,15.087 e 15.088, assinados pela prefeita Tânia Britto (PP) e publicados no Diário Oficial de Jequié, com datas de 11 de setembro em curso. A presidente do Sinserv, Maria Neide Sampaio, considerou que foram medidas bruscas que resultaram nas perdas de remunerações dos servidores, em alguns casos, de até 50%. Foram retirados ganhos relativos aos adicionais de insalubridade, periculosidades, horas extras e, também os pagamentos de RTI e CET.

Após aprovarem a paralisação servidores
Após aprovarem a paralisação servidores saíram as ruas

”A retirada da insalubridade atinge pessoas que trabalham em locais sujeitos a contaminação, a exemplos do programa DST/AIDS e no arquivo municipal, dentre outros”, disse Neide Sampaio. A dirigente sindical afirmou que foi usado o pretexto de que esses adicionais poderão retornar após a conclusão da perícia, mas, sequer essa perícia já foi contratada pela Prefeitura. Admitiu, que um dos setores mais atingidos pela paralisação será o da Atenção Básica do sistema SUS, que resultará em enormes prejuízos para a população. Segundo a presidente do Sinserv, mais de 150 trabalhadores terceirizados estão sendo dispensados, contribuindo para agravar ainda mais a situação. ”Os sindicatos tem propostas para diminuir os gastos alegados pela prefeitura com o pessoal, sem a necessidade de mexer nos salários dos servidores”. Uma nova assembleia está marcada para esta quinta-feira (17). O Sinserv buscará reunir-se com a equipe que representa a administração para discutir a possibilidade de readequação desses decretos às necessidades dos serviços públicos, desde que seja garantida a manutenção dos direitos  salariais aos trabalhadores. As informações são do Jequié Repórter