Estupro coletivo no Rio de Janeiro pode ter tido mais uma vítima, apontam investigações

Delegados Rodrigo e Juliana. Foto: Agência Brasil

A quinta pessoa identificada na cena do estupro coletivo de uma adolescente na Baixada Fluminense era, na verdade, uma menina que testemunhou o crime, e que também pode ter sido vítima de violência sexual. As informações foram dadas hoje (12) pela delegada titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), Juliana Emerique de Amorim. ”Ela [testemunha] já foi identificada e ouvida. É um pouco mais velha que a vítima, mas também é uma criança”, disse a delegada, que não quis dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.  O inquérito principal, que investigava o estupro de vulnerável e a filmagem do crime, já foi concluído e o Ministério Público já apresentou a denúncia à Justiça. Dois novos inquéritos foram instaurados para buscar os responsáveis pela divulgação do vídeo nas redes sociais e outro para investigar se a testemunha também é vítima. O crime ocorreu no fim de abril e a divulgação do vídeo foi feita na semana passada. Quatro rapazes foram identificados cometendo o estupro, um deles era namorado da vítima. De acordo com a delegada, o próprio namorado fez a filmagem. O vídeo tem 59 segundos de duração, mas as investigações apontam que a vítima ficou pelo menos uma hora no local. Um adolescente que participou do crime e se apresentou na terça-feira (9) já está apreendido em uma das unidades do Departamento Geral de Ações Socioeducativas. De acordo com a delegada, os comandantes do tráfico de drogas que dominam a área onde ocorreu o crime expulsaram os demais envolvidos. Um deles está foragido. A polícia está negociando com os responsáveis legais dos outros adolescentes que participaram do crime, incluindo o ex-namorado, para que se apresentem a uma delegacia. ”Se não comparecerem, iremos às ruas para cumprir os mandados de busca e apreensão”, informou a titular da DCAV. Ainda segundo a delegada, o tráfico, ao saber da divulgação do vídeo, expulsou os outros três envolvidos e suas famílias da comunidade para evitar a presença da polícia na região. As investigações apontam que os rapazes não tinham envolvimento com o tráfico. Informações da Agência Brasil