O afago público do deputado estadual Marcelinho Veiga (PSB) ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) durante visita do chefe do Executivo baiano ao município de Manoel Vitorino, no Médio Rio de Contas, foi o assunto mais comentado nos bastidores entre políticos que ocupavam o palanque montado no Centro da cidade, nesta quarta-feira de cinzas (14).
Ao começar o seu discurso, o jovem parlamentar elogiou o gerente regional da Empresa Baiana de Águas e Saneamento, Gideone Almeida, responsável pela estatal em 85 localidades, 21 escritórios e vários municípios e que teve que enfrentar, nesta quarta-feira uma manifestação de moradores de Manoel Vitorino, que aproveitaram a visita do governador para reclamar da interrupção no fornecimento de água, o que ocorre há mais de 30 dias. ”Meu amigo Gideone, que está aqui, representando a Embasa. Eu falei para ele, governador, quando eu vi que o senhor escolheu ele da satisfação que eu estava. Já fui funcionário da empresa durante dois anos e sei o homem sério que é. É importante, num momento desses, de crises, a Embasa estar presente, o governo também estar presente querendo solucionar. E problema, gente, sempre vai ter, mas o mais importante é você ter um governo que quer dar resolução e que bota a cara para responder. Eu parabenizo por essa atitude’’, disse Marcelinho, que é genro do ex-deputado e integrante do Governo Bruno Reis (UB) em Salvador, Marcelo Nilo, que durante as gestões de Rui Costa e Jaques Wagner manteve indicação de nomes para o comando da Embasa.
E Marcelinho continuou o discurso, fazeneo efusivos elogios ao governador; ”saudar aqui o governador Jerônimo, que tem viajado muito nesse carnaval, em Salvador e também no interior do estado. Eu estou com um filho de 30 dias e estava impossibilitado de sair de casa, minha mulher não deixava de jeito nenhum. Eu tinha uma viagem a Cândido Sales, há mais de 15 dias o prefeito me chamando e, ela [a esposa] não, você não vai não. Eu vou te liberar terça de carnaval, você acha que eu sou besta? Aí quando eu vi a foto do senhor dizendo que iria para Cândido Sales, ó minha carta de afobia. Então, foi por isso que eu estive lá presente ontem e se não fosse o senhor seriam seis dias em casa. Lhe parabenizar, governador, que estava em Cândido Sales, foi para Salvador, voltou e a vida do governador não é fácil, tem que estar presente em cada canto da Bahia e tem que saber o que está fazendo”, justificou Marcelinho, que no dia anterior já teria participado da agenda de Rodrigues no Sudoeste baiano.
Em 2022, o deputado passou a integrar a bancada da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, ele desfiliando-se do PSB, quando o seu sogro e deputado federal á época também deixou a sigla socialista e juntos filiaram-se no União Brasil para disputar a reeleição, na base do candidato e líder do partidfo, ACM Neto. Nilo não se elegeu, mas deixou na política um afilhado que segundo os comentários é habilidoso e tem discurso afinado para quando quiser fazer afagos.
Ao Blog do Marcos Frahm, Veiga esclareceu e disse que não houve sinal de aliança e que não poderia faltar ao ato na cidade em que o prefeito Silvany Barros (PSD) é um apoiador dele. ”É um ato administrativo, institucional, num município que eu tenho uma relação grande e não poderia está de fora. Participei quatro anos do governo Rui Costa, muitas obras estão sendo inauguradas e política é assim, com responsabilidade, atuando pelo bem do município e hoje aqui não foi política. O próprio governador falou, tinha pessoal fazendo manifestação política ali atrás”, explicou, e concluiu: ”é sinal de amor a Bahia e a Manoel Vitorino”.
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