Após quase sete horas, termina sequestro em Brasília

Bandido se entregou à polícia. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Bandido se entregou à polícia. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Após quase sete horas, terminou na tarde desta segunda-feira o sequestro de um funcionário do Hotel St. Peter, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília. José Ailton de Souza, de 49 anos, era mantido algemado desde as 9 horas por Jac Souza Santos, de 30 anos, natural do Tocantins. A vítima vestia um colete em que o sequestrador afirmava haver explosivos. Santos se entregou à polícia pouco depois das 16 horas. Uma tia dele que mora em Brasília foi chamada a participar das negociações. Ele foi levado em uma viatura. O local foi esvaziado e o perímetro que cerca o estabelecimento está cercado pela polícia. Homens do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Distrito Federal permaneceram todo o tempo dentro do hotel. Do lado de fora, havia agentes do Corpo de Bombeiros, do Grupo de Ações Especiais da PM, do Esquadrão de Bombas e das polícias Civil e Militar. Três negociadores participaram da operação. A vítima está em estado de choque. Segundo funcionários do hotel, o homem estava hospedado no estabelecimento, mas não se trata de um hóspede regular. Por volta das 9 horas, ele imobilizou o funcionário, um mensageiro, no 13º andar do prédio e bateu à porta de outros hóspedes dizendo ser um terrorista – as autoridades descartam, porém, qualquer ligação dele com grupos internacionais. Com a chegada das autoridades, todos os hóspedes e funcionários foram obrigados a deixar o local. Segundo a Polícia Civil, o homem aparentemente sofreu um surto. O hotel é um dos mais importantes de Brasília e fica à beira do Eixo Monumental, a via mais importante da capital federal. Com certa frequência, o sequestrador aparecia com o refém na sacada de um dos apartamentos. O funcionário foi mantido algemado e vestia um colete onde, aparentemente, havia explosivos. O formato dos objetos assemelha-se ao de dinamite. O sequestrador estava armado com uma pistola. De acordo com o delegado Pedro Paulo Almeida, que acompanha o caso, ele fez apenas exigências genéricas, como a aplicação da Lei da Ficha Limpa e a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti. Na casa dele em Tocantins, investigadores encontraram uma carta em que ele se despede da família, pede desculpas e afirma que “agiu por desespero“. Informações da Veja