Procuradoria Geral amplia para 479 o número de denunciados por ataques golpistas de 8 de janeiro

/ Brasília

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu nesta segunda-feira (30) a abertura de ação penal contra mais 225 apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento em atos antidemocráticos do 8 de janeiro. O grupo é acusado de incitar as Forças Armadas contra os Poderes e de associação criminosa O número de pessoas formalmente acusadas pela PGR sobe agora para 479. As denúncias foram enviadas ao STF (Supremo Tribunal Federal), com relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

A pena para o crime de incitação varia de três a seis meses, mas pagamento de multa. No caso de associação criminosa, varia de um a três anos. A Procuradoria não divulgou nomesOs acusados foram presos pela polícia no acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, na manhã posterior aos ataques às sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário e estão detidos em unidades prisionais do Distrito Federal.

Nesta segunda, a AGU (Advocacia-Geral da União), órgão responsável pela representação do governo perante a Justiça, obteve o bloqueio judicial de bens de 40 presos em flagrante pela invasão e depredação dos prédios da praça dos Três Poderes.

São 92 pessoas, cinco empresas e duas entidades com o patrimônio bloqueado por financiar ou participar dos atos antidemocráticos. Ao menos R$ 4,3 milhões só em veículos de pessoas e empresas envolvidas já estão bloqueados. Um terceiro pedido, proposto na sexta (27), aguarda análise. A AGU defende que todos os envolvidos, sejam financiadores ou depredadores, respondam solidariamente pelos prejuízos, estimados em R$ 18,5 milhões.

O juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro, que acolheu o pedido da AGU, entendeu existir ”fortes indícios” de participação dos acusados em atos antidemocráticos, “razão por que é absolutamente plausível a tese da União de que eles concorreram para a consecução dos vultosos danos ao patrimônio público, sendo passíveis, portanto, da bastante responsabilização civil”.

*Marcelo Rocha/Folhapress

Com queda nas doações, Banco de Leite do Hospital Roberto Santos está com estoque crítico

/ Saúde

Devido a uma queda considerável nas doações de leite nos últimos meses, o Banco de Leite Humano do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) está com estoque crítico. O volume armazenado atualmente tem capacidade de atender a demanda apenas dos bebês internados por menos de 40 dias.

De acordo com Ana Carolina Meireles, enfermeira do Banco de Leite Humano do HGRS, o estoque atual é de 94,7 litros, sendo apenas 58,6 litros liberados para consumo e o restante aguardando análise do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA). Diariamente, são necessários cerca de 2,5 litros de leite apenas para os bebês internados nas unidades de terapia intensiva (UTI) e semi-intensiva (Ucinco).

”Se fossemos atender todos os bebês internados nas unidades neonatais, precisaríamos de cerca de 4,5 litros diários. Hoje nós priorizamos atender os da UTI neonatal e alguns da Ucinco. Dessa forma, distribuímos cerca de 2,5 litros diários”, detalha a profissional.

O Banco de Leite Humano do HGRS conta, atualmente, com oito doadoras fixas da rota externa – que recebem a equipe em suas casas para recolhimento do leite captado – e um número oscilante de doadoras internas, que varia de acordo com os internamentos no hospital.

”Não existe algo tão completo para a alimentação do bebê quanto o leite materno. A forma que ele supre e os beneficia a saúde da criança é única, por isso a doação é tão importante. O leite materno protege o bebê contra doenças, oferece o suporte nutricional adequado e auxilia na criação das células de defesa”, ressalta Ana Carolina Meireles.

As mães que desejam fazer a doação podem se candidatar no Banco de Leite Humano mais próximo. É necessário que a mulher esteja saudável e apresente exames de pré-natal e sorologia

Quem não amamenta também pode ajudar os Bancos de Leite Humano com a doação de potes de vidros. Os vidros devem ter tampa plástica, como as usadas em café solúvel. Não importa o tamanho, mas é essencial que seja de vidro e com tampa plástica. As informações são do site Bahia Notícias

Coronavac ainda é uma boa opção de vacina, diz o novo diretor do Butantan, Esper Kallás

/ Saúde

O novo diretor do Instituto Butantan, o infectologista Esper Kallás, afirma que a Coronavac continua sendo ótima opção de vacina contra a Covid, mesmo com a oferta do reforço do imunizante bivalente da Pfizer anunciada pelo Ministério da Saúde para a partir de 27 de fevereiro.

”Ela é muito bem tolerada, imunogênica, extremamente segura e tem uma aceitabilidade muito boa”, afirmou à reportagem Kallás, que assumiu a direção do instituto no início de janeiro, após se licenciar do cargo de professor titular da Faculdade de Medicina da USP.

O Ministério da Saúde planeja usar a vacina produzida pelo Butantan –e criada pelo laboratório chinês Sinovac– apenas para o público infantil, de 3 a 11 anos. A pasta anunciou ter assinado um aditivo de contrato com o instituto para adquirir um total de 2,6 milhões de doses.

Nesta segunda (30), Kallás se reunirá com o ministério para discutir, entre outras coisas, o interesse da pasta em eventuais novas aquisições. Ele defende que a Coronavac, que foi a primeira vacina a ser aplicada no país na pandemia, em janeiro de 2021, continua sendo uma boa alternativa também para os adultos.

”Há uma discussão muito grande sobre a alternância de produtos para dar um estímulo na resposta [imunológica], o que aumenta os títulos de anticorpos. Numa situação como essa da Covid, em que tudo é instável, ter todas as cartas na mesa é um boa estratégia para não correr o risco de desabastecimento.”

Segundo o infectologista, todas as doses produzidas pelo Butantan de Coronavac já foram entregues ao ministério. Como no governo Bolsonaro não havia perspectiva de novas aquisições, o instituto decidiu esperar a mudança de pasta para organizar novas importações do IFA (ingrediente farmacêutico ativo), a matéria-prima da vacina.

Kallás diz que é preciso um esforço dos governos federal, estaduais e municipais para aumentar a cobertura vacinal contra a Covid. “Com a redução do número de casos, houve uma certa acomodação. Mas é possível fazer um resgate com ações que chamem atenção.”

Um outro caminho, segundo ele, é trabalhar as desigualdades regionais, uma vez que alguns municípios têm alta cobertura vacinal e outros não atingiram 50% do público-alvo.

Para o diretor, a relação do governo estadual, de Tarcísio de Freitas (Republicanos), com a atual gestão federal, de Lula (PT) tem tudo para ser ”muito boa”. ”A visão do governo estadual e do governo federal é muito consonante em relação ao resgate das coberturas vacinais e a prevenção das doenças imunopreveníveis.”

Durante a pandemia, o Butantan se viu no centro de uma disputa política entre o então governador de São Paulo, João Doria (que era do PSDB), e a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Recentemente, o instituto voltou a ser alvo de polêmica, dessa vez envolvendo suspeitas de irregularidades na sua fundação de apoio, atualmente gerida pelo ex-diretor do instituto e atual presidente da Fundação Butantan, Dimas Covas.

Entre as suspeitas está o possível superfaturamento de R$ 161 milhões em contrato feito sem licitação com uma empresa de software, investigado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), conforme revelou a Folha de S.Paulo.

A Fundação Butantan é uma entidade privada sem fins lucrativos que tem como objetivo administrar os recursos financeiros do instituto, obtidos principalmente pela venda de vacinas e soros ao Ministério da Saúde. Em 2020, primeiro ano da pandemia, a receita da fundação saltou de cerca de R$ 1,9 bilhão, em 2019, para mais de R$ 2,7 bilhões em 2020, segundo divulgação do balanço financeiro da entidade.

Kallás defende o modelo da fundação por dar celeridade administrativa e financeira, inclusive para a contratação de pesquisadores, e diz que, a partir de uma aliança estratégica aprovada em novembro passado, a ligação entre o instituto e a fundação estará mais estreita e haverá mais transparência na utilização dos gastos.

Ele afirma que também já convidou o presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Dimas Ramalho, a fazer uma visita à fundação para para discutir termos de conduta também visando mais transparência às relações.

Os gastos da fundação devem ser empenhados em atividades de interesse do instituto, como em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. O governo Doria, no entanto, utilizou do superávit dessa receita para compras relacionadas à pandemia da Covid, por exemplo na compra de insumos e equipamentos hospitalares, que em tese são de responsabilidade do governo do Estado.

Kallás afirma que o principal ponto de apoio da fundação em relação ao instituto é na contratação de funcionários para expansão do centro de produção de vacinas e na capacitação de mão de obra, uma vez que novas contratações pelo governo estadual estão paralisadas.

Entre os projetos de expansão do instituto estão a reforma e readequação do prédio para produção da vacina contra dengue, que está em fase final de estudos clínicos, e da preparação para obtenção da licença de boas práticas de manufatura da fábrica de vacinas multipropósito (também chamada de CMPV), cuja obra foi finalizada em março de 2021 após mais de seis meses de atraso.

Atualmente, o maquinário da fábrica está em fase de testes para entrar com a solicitação junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para começar a produção das primeiras doses no centro.

”A construção de uma fábrica é um projeto grande, que depende dessa relação entre a fundação e o instituto, com muitos profissionais associados”, disse. Com informações do site Bahia Notícias

Opinião: Temperatura deve baixar no Congresso, enquanto Jerônimo não deve ter estresse na Assembleia

/ Política

Jerônimo ainda não deve encontrar dificuldades. Foto: Reprodução

A semana vai ser marcada pela posse e retomada dos trabalhos do Congresso Nacional e da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Em Brasília, há certa expectativa em torno da provável reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado, ainda que haja um esforço de Rogério Marinho (PL-RN) para se viabilizar. Na Câmara, são favas contadas a recondução de Arthur Lira (PP-AL), com a possibilidade da maior votação da história. O caminho é similar para Adolfo Menezes (PSD) na AL-BA, já que uma articulação precoce garantiu a continuidade dele no posto. Mas o que esperar dos legislativos em 2023?

Começando pela Bahia, por mais que a oposição tenha crescido (em tese), dificilmente o governador Jerônimo Rodrigues deve encontrar dificuldade no processo de passar o trator sobre a pauta. Parte disso por conta da relação muitas vezes quase que subserviente entre os poderes na Bahia. Um parlamentar – ainda que de oposição – brigar com o governo é gasto de energia que, por vezes, não vale a pena. É oneroso demais para um baixo ganho político. Então, há esse jogo de cena para fingir que existe um embate dentro da AL-BA.

Vale contar também com a baixa competência dos opositores ao longo dos últimos anos. Por mais que sejam 16 anos do outro lado, uma parcela dos deputados não se deu conta de como funciona ”ser oposição” e se mantém na zona de conforto de achar que um discurso ali e outro acolá é encarnar esse papel. Bom para o governador, que não precisa se estressar, e para o líder do governo, que não precisa se esforçar para aprovar os projetos. Jerônimo pode não ter a vida tão fácil quando Rui, mas não deve ter muito do que reclamar, ao menos enquanto estiver em lua-de-mel com os eleitores.

Em Brasília são dois cenários distintos. Se Pacheco bater o ex-ministro bolsonarista, Luiz Inácio Lula da Silva não deve ter tanto problema no Senado, ainda que a bancada mais radical crie algum tipo de barulho ou indisposição. O líder do governo Jaques Wagner garante já ter maioria, então a lábia do galego deve operar em alta para evitar rupturas entre Lula e os senadores. É esperar para ver o resultado do pleito e como se comportam no dia seguinte aqueles anti-lulistas da Casa.

Já na Câmara, Lira deve vencer ”com o pé nas costas”. Porém isso significa que o líder do centrão pode ser a maior dor de cabeça para Lula entre todos os poderosos do Planalto. Aliado de Jair Bolsonaro enquanto o ex-presidente tinha cartas a dar, o presidente da Câmara vai usar o capital político da reeleição para pressionar o novo governo. Por isso, o atual chefe do Executivo deve usar a máxima de manter os inimigos mais perto ainda. Difícil é evitar que uma cobra possa picá-lo enquanto dorme – algo que não seria completamente impossível diante do poderio arregimentado pelo alagoano.

Enfim, no Brasil de 2023, emoções não faltarão para quem acompanha os legislativos – até mesmo os estaduais. Talvez com uma temperatura menor do que os últimos anos, mas nada que um bom diálogo não resolva. Finalmente, pode parecer que vivemos numa normalidade democrática após o caos perfeito para emergência da extrema-direita. Graças às urnas! *por Fernando Duarte

Uesb inicia semestre letivo 2022.2 com cerca de 8300 estudantes no dia 1º de fevereiro

/ Educação

Na próxima quarta-feira (1º/02), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- Uesb retoma suas atividades acadêmicas com o início do semestre letivo de 2022.2. Com o retorno, os 47 cursos de graduação nos campi de Vitória da Conquista, Itapetinga e Jequié, recebem mais de 8300 estudantes, entre ingressantes e veteranos. Além dos alunos que já fazem parte da Universidade, o semestre receberá aprovados no Vestibular 2022, no Sistema de Seleção Unificada 2022.2, além do Processo Seletivo Especial e das seleções para portadores de diploma e de transferência. Conforme o Calendário Acadêmico, seguem até o dia 17 de junho, com provas finais.

Há quase 15 anos, a Uesb dispõe do Programa de Assistência Estudantil (Prae), gerenciado, atualmente, pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas, Permanência e Assistência Estudantil (Proapa). Com foco nos estudantes de graduação matriculados, a iniciativa busca auxiliar os alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Hoje, a Universidade conta com bolsas auxílio de permanência, moradia, residência universitária, alimentação, transporte urbano e intermunicipal, equipamentos (concessão de notebooks e acesso à internet), auxílio para participação e organização de eventos externos e cota de xerox. Para saber mais informações, entre em contato com a Proapa pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (77) 3424-8699.

Incêndio atinge e destrói loja e oficina de motos na madrugada no bairro Brasília, em Feira de Santana

/ Bahia

O incêndio começou na madrugada. Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Um incêndio atingiu uma loja e oficina de motos na manhã desta segunda-feira (30), no bairro Brasília em Feira de Santana.Segundo um  morador, o fogo começou na madrugada e se alastrou de repente, deixando a loja destruída.

“Foi uma agonia. Conseguimos tirar uma senhora de 91 anos que mora ao lado da loja e o Corpo de Bombeiros demorou um pouco de chegar. Agora está apagando as chamas”, disse.

Geraldo Gontigo, de 52 anos, que é proprietário da loja e residia no 1º andar do imóvel contou ao Acorda Cidade como tudo aconteceu. Segundo ele, ontem trabalhou internamente na loja o dia inteiro, a noite, desligou tudo, conferiu toda a loja e não imagina o que possa ter causado o incêndio.

”Eu trabalhei ontem até 19h. Estava tudo funcionando, conferi tudo e depois subi. A sorte é que eu durmo muito cedo e acordo muito cedo. Por volta das 3h da manhã eu já senti um cheiro de fumaça, aí quando cheguei a cozinha ouvi uns estouros. Só chamei minha esposa e falei para tirarmos a nossa filhinha de 5 anos. Também tiramos o carro. Foi um desastre, uma falta de sorte”, afirmou.

Imóvel ficou completamente destruído. Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Geraldo informou que trabalha no ramo de peças de motos há 35 anos e a loja funcionava há 7 no bairro Brasília. ”Em toda a minha vida nunca vi uma coisa dessas. Nesse tempo todo nunca queimou nada e hoje queimou tudo, até o prédio. Não faço ideia do que tenha causado o fogo, o prédio era todo novinho, existe desde 2015, tudo arrumadinho e eu sempre trabalhando todos os dias, domingos e feriados para manter tudo em dias”, lamentou. Ainda segundo Geraldo, a loja não tinha seguro. ”Essa semana o pessoal me ofereceu até o seguro, mas era tudo novo. Infelizmente tudo foi por água abaixo. Graças a Deus ninguém teve nada, já estou um pouco velho, mas vamos tentar nos reerguer”, relatou. As causas do incêndio serão investigadas pela polícia. Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

Trabalhadores levam em média 2,8 anos a mais para se aposentar após reforma da Previência

/ Economia

Os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) estão levando, em média, 2,8 anos a mais para conseguir se aposentar após a aprovação da reforma da Previdência. O adicional é maior para os homens (3,5 anos) e menor no caso das mulheres (2 anos).

Os dados foram retratados em estudo do então Ministério do Trabalho e Previdência sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O trabalho comparou dados de 2021, os mais recentes disponíveis, com o quadro observado em 2019, último ano de vigência das regras antigas. A referência usada é a idade do segurado na data de início do benefício.

O objetivo dos técnicos era estimar os primeiros efeitos da reforma sobre a idade média de aposentadoria, variável considerada peça-chave para a maior sustentabilidade do RGPS (Regime Geral de Previdência Social). Quanto maior é essa idade, mais tempo o trabalhador contribui para sua aposentadoria, gerando receitas ao INSS. Consequentemente, ele fica menos tempo recebendo o benefício, o que reduz a despesa futura do governo.

Segundo os resultados, a idade média de aposentadoria dos homens passou de 58,7 para 62,2 anos entre 2019 e 2021. Entre as mulheres, o patamar passou de 57,3 para 59,3 anos O aumento das faixas etárias tem relação com uma das mudanças centrais da reforma da Previdência: a fixação de idades mínimas de aposentadoria em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.

A alteração passou a valer para novos trabalhadores, mas quem já estava no mercado de trabalho precisa seguir uma das quatro diferentes regras de transição. Todas elas impõem algum tipo de pedágio, embora o segurado possa eleger aquela que lhe for mais favorável.

Na prática, isso fez com que trabalhadores próximos da aposentadoria tivessem de adiar os planos e contribuir um pouco mais para conseguir o benefício ”Entre os fatores que explicam o maior impacto para homens está o fato de que as aposentadorias por tempo de contribuição e especial, que estão entre as mais afetadas, são predominantemente concedidas para homens”, diz o estudo.

A aposentadoria por tempo de contribuição permitia acessar o benefício independentemente da idade, desde que cumpridos 30 anos de recolhimento ao INSS por mulheres e 35 anos por homens. Segurados desse grupo tinham, em geral, mais tempo no mercado de trabalho formal, remuneração mais elevada e pagavam contribuições maiores ao INSS. Por consequência, conseguiam obter benefícios de aposentadoria mais elevados.

Já trabalhadores de menor renda e com mais dificuldade de acesso ao emprego formal acabavam se aposentando pela regra de idade já existente, mas que não era obrigatória. Contribuíam por um mínimo de 15 anos e precisavam atingir 60 anos de idade (mulheres) e 65 anos (homens). Por esse motivo, segundo defensores da idade mínima, era necessário uma medida para garantir maior equidade ao sistema, estabelecendo um piso etário obrigatório.

As aposentadorias especiais, por sua vez, são concedidas a trabalhadores expostos a condições prejudiciais de saúde ou submetidos a riscos à sua integridade física. Entre os profissionais com direito a essa categoria estão os mineiros que atuam no subsolo.

As regras para esses segurados também ficaram mais duras com a reforma. Além dos tempos mínimos de contribuição, entre 15 e 25 anos a depender do grau de risco da profissão, é preciso também atingir as idades de 55 a 60 anos. A transição combina esses dois fatores numa soma de pontos, que precisa alcançar um patamar mínimo para a concessão do benefício.

Como resultado dessas modificações, a idade média da aposentadoria por tempo de contribuição dos homens subiu 1,4 ano, de 56,5 para 57,9 anos entre 2019 e 2021. No mesmo período, a idade média da aposentadoria especial do sexo masculino subiu 2,5 anos, de 49,9 para 52,4 anos.

Ambos os resultados ficam abaixo da média geral dos homens porque houve também uma mudança na composição dos benefícios. As aposentadorias especiais, que registram idades menores, perderam peso nas concessões, contribuindo para que a média global ficasse maior. No caso das mulheres, a alta foi de 1,4 ano nas aposentadorias por tempo de contribuição (de 53,44 para 53,85 anos) e de 2,2 para as categorias especiais (50 para 52,2 anos).

Na avaliação do especialista Otavio Sidone, mestre em economia pela USP (Universidade de São Paulo) e que atuou como técnico na então Secretaria de Previdência, o aumento nas idades mínimas das aposentadorias é ”absolutamente fundamental”. Segundo ele, a medida ajuda na sustentabilidade fiscal do regime e na promoção de maior equidade entre beneficiários.

”Por ser a maior política pública de transferência de renda do país, a Previdência é um instrumento fundamental do Estado para a redistribuição de renda, juntamente com a necessidade de um sistema tributário progressivo”, diz. Os benefícios previdenciários são a maior despesa do Orçamento e somaram R$ 809,5 bilhões no ano passado.

O IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário) critica a reforma e considera que parte das mudanças resultou em regras excessivamente duras.  ”O trabalhador que acessa a aposentadoria especial só trabalha por até 25 anos, mesmo. Mas as regras de transição tornaram praticamente impossível que a pessoa se aposente”, diz o diretor do IBDP Paulo Bacelar.

Segundo ele, alguns profissionais que teriam direito às condições especiais estão optando pelas regras gerais para conseguir requerer o benefício. Membros do instituto sugeriram mudanças ao novo governo.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, em dezembro, o então futuro ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), teceu críticas à reforma e disse que constituiria um grupo para avaliar possíveis modificações. Ele repetiu as declarações em 3 de janeiro, logo após assumir o cargo, mas foi desautorizado um dia depois pelo Palácio do Planalto.

As idades médias de aposentadoria devem subir ainda mais devido à menor atratividade de algumas das regras de transição previstas na emenda constitucional. Uma delas foca trabalhadores que estavam a no máximo dois anos de preencher os requisitos da aposentadoria por tempo de contribuição quando a reforma foi promulgada. Eles podem requerer o benefício mediante o cumprimento de um pedágio de 50% do tempo restante, mas o valor pago pelo INSS ainda será calculado de acordo com o fator previdenciário -fórmula que em grande parte das vezes atua como redutora do benefício.

Segundo relatos, essa regra foi usada de forma recorrente nos primeiros três anos de vigência da reforma, respondendo por mais da metade dos pedidos. De agora em diante, porém, seu uso será cada vez mais difícil. Com informações do site Bahia Notícias

Homem acusado de estar envolvido em homicídio de servidor público é preso na cidade de Ubaíra

Agentes cumpriram mandado. Foto: Divulgação / Polícia Civil

A delegacia Territorial de Ubaíra, no Vale do Jiquiriçá, cumpriu mandado de prisão preventiva contra um homem de 28 anos que é acusado de estar envolvido na morte do servidor público Rubens dos Santos Oliveira Maia, ocorrida em janeiro de 2022. A prisão aconteceu após os investigadores receberem informações da DT de Sapeaçu. O foragido foi  localizado na Praça da Rodoviária, no Centro de Ubaíra.

De acordo com o titular da DT Sapeaçu, delegado Cristóvão Eder, esta é a segunda prisão relacionada a este caso. ”Em agosto de 2022, outro homem, este de 21 anos, também foi preso. Sendo ele um dos envolvidos no crime”, informou o delegado.

Um terceiro envolvido está sendo procurado. O acusado foi recolhido à carceragem da DT de Sapeaçu, passou por exames de lesões corporais e seguirá para o sistema prisional.

Num esquente para o Carnaval, cantor Bell Marques agita Festival de Verão em Salvador

/ Entretenimento

Bell se apresenta no Festival de Verão. Foto: Antônia Fernanda / Bahia Notícias

Aos 70 anos, Bell Marques mostrou, durante o Festival de Verão de 2023, que está com toda disposição para o Carnaval deste ano. Um dos principais nomes da folia baiana, o ex-vocalista da banda Chiclete com Banana cantou sucessos atemporais com ”Flutuar”, ”Amor Perfeito”, provocando um coro do público em todo o Parque de Exposições.

Com uma agenda cheia para o Carnaval, com previsão de se apresentar durante seis dias da festa, Bell falou sobre o sentimento de ser uma das atrações mais procuradas pelo folião. ”Além da sensação boa, é uma responsabilidade enorme você esgotar os abadás depois da pandemia. Nós achávamos que isso ia acontecer, até porque eu tinha essa tradição de esgotar abadás, mas eu não achei que seria tão rápido, foi muito rápido”, observou.

O artista ainda trouxe no repertório a música ”Amore”, lançada em julho do ano passado, dedicada à sua esposa Aninha Marques. A canção nasceu após o artista publicar um texto no Instagram no Dia dos Namorados e o compositor Beto Garrido, junto com o parceiro Alexandre Peixe, transformarem as palavras  na canção. O single ganhou arranjo do próprio cantor e foi bem recebido pelo público. Com informações do site Bahia Notícias