Zé Cocá nega rompimento com prefeito de Lafaiete, mas não é fácil convencer João a apoiar Hassan

João deve marchar com Patrick Lopes. Foto: BMFrahm

O prefeito de Jequié e presidente da UPB declarou, nesta segunda-feira (18), que não está em pé de guerra com o seu afilhado político, João Freitas (PP), que lhe sucedeu após deixar a Prefeitura de Lafaiete Coutinho em 2016 e foi reeleito em 2020 para o segundo mandato.

Em entrevista a Rádio 95 FM de Jequié, Cocá foi indagado sobre rumores que circulam nos meios políticos supondo que ele teria entrado nos tapas com João. Zé disparou contra os adversários, que segundo ele pregam discórdia, fazem a ”picuinha política” e disse não ter atrito com o prefeito de Lafaiete. ”Podem haver divergências de ideias, briga jamais. Vi uma postagem de um candidato derrotado em Jequié dizendo que houve uma briga e isso é coisa ridícula”, bradou.

Apesar de negar ruptura com João, Cocá, que disse ainda esperar do afilhado o apoio para o seu candidato a deputado estadual Hassan Yossef (PP) deve ter consciência de que Freitas não demonstra simpatia por Yossef e as últimas publicações revelando seguidos encontros de João com o governador Rui Costa (PT) ao lado do também pré-candidato a deputado e ex-prefeito de Jitaúna, Patrick Lopes, que trocou o PP pelo Avante deixam mais que explícito o afastamento do mandatário de Lafaiete do seu novo projeto político.

Nas redes sociais, desde que Cocá rompeu com o governador para seguir o cacique do seu partido, João Leão, que se uniu ao ACM Neto (UB), as publicações de João contrastam a versão de Zé, de paz e amor. O mandatário de Lafaiete vem sendo tratado a pão-de-ló pelo governador e, aos mais próximos, tem afirmado que não irá romper com Rui para satisfazer Cocá e ao que tudo indica marchará com Patrick para estadual, chamado por ele de amigo – irmão, mesmo que haja pressão pela bandeira de Hassan. João, inclusive, deverá emplacar na coordenação do novo Hospital da Criança construído pelo Estado, em Jequié, a sua esposa Andreza Meneses, fruto da abertura que passou a ter no Governo.

*por Marcos Frahm