Prefeitura de Lafaiete Coutinho tem contas rejeitadas; prefeito diz que vai recorrer à decisão do TCM

Cocá questionará a decisão do TCM
Zé Cocá questionará decisão do TCM. Foto: Blog Marcos Frahm

As contas do prefeito Zenildo Brandão, o Zé Cocá (PP), de Lafaiete Coutinho, referentes ao exercício financeiro de 2014 foram reprovadas, na sessão desta quarta-feira (23/9) pelo Tribunal de Contas dos Municípios, em razão, segundo o TCM, da não aplicação do percentual mínimo exigido em Educação. O órgão apontou que o gestor aplicou apenas R$ 2.823.565,23 na manutenção e desenvolvimento do ensino, equivalentes a 22,13% da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, em descumprimento ao estabelecido no art. 212, da Constituição Federal, que exige a aplicação mínima de 25%.A relatoria determinou ainda o ressarcimento aos cofres públicos municipais, com seus recursos pessoais, da importância de R$ 4.649,00, diante da ausência de comprovação de diárias pagas e imputou multa de R$ 8 mil. Cabe recurso da decisão. Zé Cocá, considerado político de referência em gestão pública no Território de Identidade Vale do Jiquiriçá, onde atua como líder do consórcio público intermunicipal, que representa a região, se pronunciou à noite sobre a decisão do TCM, em contato telefônico com o Blog Marcos Frahm, tendo afirmado ter sido surpreendido com o resultado e que vai dar entrada em um pedido de reconsideração ao parecer do Tribunal de Contas. O prefeito afirmou que questionará a decisão do conselheiro relator que opinou pela rejeição das contas da Prefeitura de Lafaiete. Segundo Cocá, ”o que houve foi um erro contábil”. O gestor diz acreditar na reconsideração e que não é a primeira vez que Lafaiete tem contas rejeitadas, em sua gestão, e depois reconsideradas e aprovadas pelo TCM. ”São esses os fatos, que às vezes, nos desanimam na política. Nós procuramos zelar pela correta aplicação e gerenciamento dos recursos, e quando ocorre algo como a rejeição de contas, por exemplo, muitos fazem aquele estardalhaço com o que sai na imprensa nos colocam como todos os políticos. É como se nós tivéssemos cometendo um ato absurdo, corrupção, algo do tipo. E não é dessa forma, pois que nos conhece, quem nos acompanha na administração de Lafaiete sabe que sempre procuramos ter responsabilidade com os recursos. O que houve foi equívoco contábil e nós vamos provar que alcançamos o índice na educação e acreditamos na aprovação. Tudo que foi apontado, vamos provar ao contrário”, afirmou o gestor.