Milagres: Prefeito se manifesta e nega que sua empresa tenha sido contratada de forma irregular na comercialização do combustível

Cézar de Aderio nega irregularidade em contrato. Foto: Divulgação

O prefeito de Milagres, Cézar de Aderio (PP), negou que um posto de gasolina do qual é sócio tenha sido contratado de forma irregular pela prefeitura de Ibiquera, gerida pelo Dr. Ivan (PP). A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) aceitou parcialmente uma denúncia formulada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra Cezar e Dr. Ivan que aponta uma suposta fraude em processo licitatório e peculato, com apropriação e desvio de verba pública.

Em nota enviada ao Bahia Notícias, a assessoria de comunicação de Milagres assumiu que o gestor é sócio da empresa CRM Comercial de Derivados de Petróleo Ltda, sediada no Município de Itaberaba, na BR-242, há mais de 12 anos, mas negou qualquer tipo de irregularidade.

”O empresário enfatiza que a empresa do qual é sócio, é sediada no Município de Itaberaba, na BR-242, há mais de 12 anos, atendendo ao mercado, sempre observando as Leis, pelo que, sequer, responde a algum processo Judicial em razão de funcionamento irregular, prezando sempre pela lisura e bom atendimento a seus clientes”, defendeu em nota.

Na nota, o empresário disse que empresa participou da licitação de forma regular, cujo Edital foi publicado no Diário Oficial do Município, atendendo ao que dispõe a Lei 8.666/93, que rege a matéria.

”O empresário destaca que, por se tratar de fornecimento a Município, cuja demanda é, rotineiramente, grande, devido às inúmeras solicitações de viagens para a capital do Estado, principalmente na área de saúde, entende que o consumo de combustíveis dos veículos, estão dentro da normalidade, sem qualquer excesso, pois, ao se fazer as contas dos valores gastos nos anos de 2017,  2018,  2019, encontra-se um consumo médio da importância de R$ 23.000,00 ao mês”, continuou a defesa.

O MP-BA também denunciou que automóveis que não estariam prestando serviços na área de saúde estariam sendo abastecidos, incluindo veículos particulares de correligionários. O empresário disse que “a empresa não abastecia veículos particulares, mas, tão somente, os veículos do Município de Ibiquera, que eram conduzidos pelos motoristas do ente público”.

A denúncia também cita uma amizade próxima entre os gestores. Cézar assumiu que conhece o prefeito de Ibiquera, com quem considera ter boa relação, mas que não gozam de amizade íntima. O prefeito também defendeu sua gestão a frente da empresa.

”Continua o empresário, observando que gere sua empresa com organização, planejamento, responsabilidade, por isso é reconhecido como empresário de respeito, e que nunca participou de qualquer irregularidade no abastecimento de veículos seja de quem for e que, jamais, colocaria em risco o bom nome de sua empresa, ainda mais para vender o insignificante valor de R$ 23.000,00 por mês, que corresponde tão somente a 0,38% do faturamento mensal”, escreveu.

O prefeito de Milagres disse que seu nome foi envolvido como consequência de uma a denúncia foi feita por vereadores da oposição de Ibiquera, com o objetivo de prejudicar o gestor do município.

Cezar reiterou que não participou de nenhuma contratação irregular, seja com a cidade de Ibiquera, seja com outro ente público, seja na área privada, e que a administração da sua empresa observa as leis, ”quer na contratação de pessoal, quer no recolhimento de tributos, quer, enfim, em todas as áreas em que a empresa se relaciona”.

Por fim, o gestor afirmou que não tem relação com a política de Ibiquera. ”Por isso, ao querer prejudicar o Prefeito deste Município, a oposição, através de seus vereadores, deveria respeitar a empresa e não colocar seu nome em devaneios políticos, o que resultaria, não fosse o conceito de seu sócio, em irreparável prejuízo a este. Entretanto, continua o empresário, finalizando, que no momento oportuno tomará as medidas judiciais cabíveis levando os citados vereadores às  barras da Justiça para que respondam criminalmente e civilmente pelas difamação e injúria perpetradas contra si”, completou.