Prefeita de Jaguaquara não garante reajuste de 14,9% no piso dos professores; ”infelizmente, eu não tenho condição”

Edione Agostinone comenta impasse com os professores. Foto: Dilson Pirôpo

A prefeita de Jaguaquara se manifestou, publicamente, nesta terça-feira (20), sobre o impasse entre a sua gestão e os professores do município, que cobram o cumprimento do Piso Nacional do Magistério, de 14,95%, determinado pelo Ministério da Educação.

Em entrevista à Rádio Povo AM/FM, Edione Agostinone (PP) respondeu ao radialista Dilson Pirôpo sobre o não pagamento do piso, tendo a gestora afirmado, apesar da relação ‘aranhada’ com a classe, que tem respeito e carinho pelos educadores. ”Eu tenho muito respeito pelos professores, é uma classe que eu tenho muito carinho. Nós sabemos a importância de ser professor e eu sou professora. O gestor, por mais que ele queira, tem que colocar o braço onde a mão alcança. Eu acho que eu tenho cumprido com a minha obrigação de gestora, porque eu dei, na época que teve aquele rateio, o décimo quarto salário aos professores, que eu nunca dei a funcionário nehum. Os 33%, que nehum prefeito aqui na região deu, eu dei a eles, da outra vez. Eu falei aqui pra vocês que eu consegui construir quantas escolas? Nove escolas, mas não só tenho só o salário  dos professores. Nós estamos em dia com o piso salarial deles. Eu pagando esses 5,79%, que foi o que dei dei do acordo, eu tenho que colcoar, com recurso próprio  da prefeitura, em dezembro, 3 milhões. Então, se eu pagasse os 14%, não tinha condições de pagar o salário deles em janeiro, fevereiro e março do ano que vem. Não quero fazer como outros gestores estão fazendo, atrasando o salário. Eu queria, não só dar a eles, como ao porteiro, a merendeira, o auxiliar, que merecem também, do mesmo jeiro que os professores merecem, mas infelizmente, não tenho condição’’, afirmou, ao justificar o fato de não conceder o reajuste publicado pelo MEC.

A Câmara de Vereadores chegou a aprovar, no dia (17) de maio um Projeto de Lei Nº 006/2023 que reajusta o salário de todos os servidores públicos municipais, no percentual 5,79%, mas não atende o piso dos educadores, que vem realizando uma série de atos de protesto contra a Prefeitura.