Situação de Argôlo não é das melhores; denúncias repercutem

Depois de revelar que Alberto Youssef providenciou um jato para a viagem de férias do então vice-presidente da Câmara dos Deputados, as investigações da Polícia Federal indicam agora que o doleiro também bancou de um a dois caminhões lotados de bezerros para o deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA). Pivô da Operação Lava Jato e suspeito de integrar esquema bilionário de lavagem de dinheiro, o doleiro Youssef aparece nas investigações em intensa comunicação com o deputado Argôlo.

Em uma das conversas a qual a Folha teve acesso, em dezembro do ano passado, “LA”, como é o apelido de Argôlo nas mensagens, segundo a PF, passa a Youssef a conta bancária de uma pessoa e de uma empresa e pede o depósito total de R$ 110 mil. “Esses 110 resolvem tudo, 50 de um e 60 de outro, diga que você consegue, vá”, escreve Argôlo em uma mensagem de texto. Youssef, então, responde: “Ok, vou correr atrás para fazer bjo”. Uma das contas fornecidas pelo deputado é de Júlio Gonçalves de Lima Filho (indicação de depósito de R$ 60 mil). A outra (R$ 50 mil) é em nome de União Brasil Transporte e Serviços. A Folha informou em reportagem ter entrado em contato com Júlio, que disse ser um comerciante de gado na Bahia. Ele confirmou ter feito negócios com o deputado. ”Comprei garrote [bezerros] para ele e família dele. Vendi um caminhão, dois caminhões de garrote para ele, mais ou menos”, disse, na faixa de R$ 1.000 cada garrote. O comerciante diz ter sido apresentado ao deputado por amigos do ramo de gado. “Todo mundo conhece ele aqui na Bahia como deputado e fazendeiro”, afirmou, segundo a Folha.

O ex-carlista Abimael Teixeira diz que a Bahia anda no rumo certo

Experiente político, prefeito de Itaquara por quatro mandatos, ex-carlista, hoje filiado ao PSD, partido liderado na Bahia pelo vice-governador e pré-candidato ao senado na chapa governista, Otto Alencar, Abimael Teixeira disse que a política é ‘’dinâmica’’, ao explicar o atual apoio ao pré-candidato do PT ao governo, Rui Costa. ‘’A política é dinâmica e passado é passado, nós estamos vivendo o presente para o futuro. Eu recentemente apoiei Rui Costa, quando o apoiei para deputado federal. Houve uma convergência no governo Wagner e dessa convergência eu participei e firmei posição por Rui Costa e, coincidentemente, Rui sai candidato a governador e é claro que eu continuarei com Rui Costa, que tem sido para mim um amigo pessoal, me tratando sempre com todo o respeito e eu não vejo o porquê mudar o rumo. Eu acho, considero, que o estado está no rumo certo’’, disse em entrevista ao Blog Marcos Frahm.

O apoio a Rui em Itaquara, cidade governada pela peemedebista Iracema Guimarães, que marchará com a chapa oposicionista, será dividido entre Abimael e o vice-prefeito Antônio Carlos Lemos (PT), que apesar de declarar ruptura política com a prefeita não selou a paz com Abimael, segue como adversário do ex-mandatário que diz não haver problema com o apoio dividido. ”Esse é o caminho certo. O PT de Itaquara tem mesmo que apoiar o candidato do partido. E para mim isso é muito importante, porque nós temos muito é que congregar’’, opinou.

Questionado sobre a recente decisão da Câmara de Vereadores, que manteve a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios, optando pela rejeição de contas da Prefeitura, relativas ao exercício do seu último mandato, que findou em dezembro de 2012 o ex-chefe do Executivo afirmou que, não considera Prefeitura como ponto fundamental da política. ‘’Prefeitura é um acidente, hoje um político está no poder e amanhã aquele lugar pode ser ocupado por outro político, mas a minha política é uma política partidária, eu gosto de fazer política e estou na política por amor a minha terra. Estou em Salvador, e continuo na mesma atividade, atento aos problemas de Itaquara. Agora, é claro que para servir mais, o político tem que ter o poder nas mãos’’. O ex-prefeito aproveitou para dar seu pitaco sobre a gestão da prefeita Iracema (PMDB), tendo afirmado que as informações que lhe chegam não revelam maravilhas sobre a questão da ordem administrativa no município. ‘’Pelo que eu tenho notícia a administração vai mal, pior do que mal, o governo é péssimo. A reação é dos próprios indivíduos que apoiaram a prefeita e que estão fazendo esses comentários comigo. Não sou eu que estou fazendo julgamento, julgarei mais um pouco a frente, mas as informações são de que Itaquara tem hoje um governo péssimo, e isso é prejudicial a um município pequeno como o nosso’’, alfinetou.

Carlinhos Martinelli se defende de acusações sofridas em Itiruçu

O ex-prefeito de Itiruçu, Carlos Martinelli (PT), falou ao Blog Marcos Frahm sobre uma polêmica instalada na cidade. O petista, que deixou a Prefeitura do município em dezembro de 2012, revela sentimento de profunda indignação após ter sido mencionado em carta da Prefeitura, que se espalha pelas ruas de Itiruçu, segundo ex-gestor, revelando que seria ele o culpado pelo bloqueio de recursos, por parte da Justiça do Trabalho, do Fundo de Participação dos Municípios no valor de R$ 169.000,00 – sento e sessenta e nove mil reais.

Ainda de acordo com o ex-prefeito, a carta é divulgada pelo prefeito Wagner Novaes (PSDB), alegando problemas financeiros e para tentar convencer a população local de que o poder público encontrará dificuldades para cumprir compromissos – pelo fato da atual administração está defrontando com muitos problemas herdados do passado, ou seja, da gestão anterior, representada a ocasião por Carlos Martinelli, que rechaça as informações. ‘’O prefeito fez acusação contra a minha pessoa em programa de rádio, afirmando que o bloqueio de verbas do município, originário da Justiça do Trabalho, seria por minha culpa e irresponsabilidade e eu não poderia ficar calado diante dessa acusação leviana e sem fundamento. Depois de ter ido à rádio, ele (o prefeito), coloca na rua uma carta aberta a população, assinada por ele, relatando os mesmos fatos, que não condiziam com a verdade. Então, eu tive que, realmente, me defender. Fui à rádio também e rebati as acusações, tomei uma atitude que eu não queria tomar no momento, porque ele ganhou a eleição democraticamente, foi eleito pelo povo e jamais eu farei oposição irresponsável, porque eu quero o bem da minha terra, mas a irresponsabilidade dele foi muito grande’’, brada Carlinhos. Ambos trocaram farpas na Rádio Itiruçu FM.

O petista lamentou a forma ‘’descortês’’ como os adversários se comportam no município e afirmou que não há como comprovar que foram erros da sua gestão que resultaram em bloqueio de verbas. ‘’A origem do bloqueio foi uma ação, iniciada em 2007, quando eu não era prefeito, ingressada pelos agentes comunitários de saúde que, a partir da regulamentação, tinham direito a receber o fundo de garantia, porque eles passaram a ser estatutários e a prefeitura não pagou na época. Então, eles entraram na justiça e a causa foi ganha em outubro do ano passado, quando o senhor prefeito foi notificado pela  justiça, tendo sessenta dias de prazo para efetuar o pagamento, mas ele não o fez, não tomou as providencias e os advogados dos agentes pediram o bloqueio dos recursos. Está aí a explicação, é um problema dele, não tenho nada a ver’’, disse Martinelli, que concluiu sem perder a oportunidade de alfinetar a gestão do PSDB, de Wagner e Rita Novaes: ”ao invés de expor na rua uma carta, tentando colocar a culpa da má gestão dele em mim, ele, (o prefeito), deveria escrever uma carta dizendo o que foi que ele fez em um ano e quatro meses do seu governo. Talvez, seja a única prefeitura do Brasil, que em um ano e quatro meses não conseguiu colocar na cidade uma pedra”.

Caravana da oposição desembarca em Jequié para encontro no JTC

Pré-candidatos da chapa oposicionista na Bahia resolveram colocar o pé na estrada e, como os governistas, perambular pelo interior baiano em clima de pré-campanha. Os postulantes aos cargos de governador, vice-governador e senador, Paulo Souto (DEM), Joaci Góes (PSDB) e Geddel Vieira Lima (PMDB), além do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), estarão em Jequié no próximo dia (10), para encontro marcado com lideranças e correligionários políticos no Jequié Tênis Clube, a partir das 9h30. O evento é articulado pelo deputado estadual Leur Lomanto Jr. (PMDB). De acordo com Leur, o objetivo da chapa ao visitar cidades de grande porte, como Jequié é conversar com a população sobre os problemas e anseios vividos na região, fator que tem ajudado na elaboração do programa de governo dos oposicionistas.

O gestor do PMDB prefere Rui a Paulo Souto. Foto: Divulgação

Peemedebista, o prefeito de Canavieiras, Almir Melo, se considera um “homem de partido”: vai apoiar o ex-ministro Geddel Vieira Lima ao Senado, assim como as tentativas de reeleição de Leur Lomanto Jr. na Assembleia Legislativa da Bahia e Lúcio Vieira Lima na Câmara Federal. Para compor a chapa dos seus preferidos, o gestor prefere o petista Rui Costa ao democrata Paulo Souto, aliado de Geddel, para ocupar o cargo de chefia do Executivo baiano. “Se Geddel fosse candidato a governador, eu votava nele. Mas, entre Paulo Souto e Rui, acho Rui melhor”, disse o prefeito do município do sul baiano, em entrevista ao Bahia Notícias, que está no seu quarto mandato. Apesar de defender que o petista é “o melhor para a Bahia”, Melo tem razões mais objetivas para não pedir votos para Souto. “Eu tenho motivos pessoais, relativos à minha história política, para não apoiá-lo”, afirmou, sem entrar em detalhes sobre as desavenças antigas com o democrata. Segundo fontes ligadas ao prefeito, Souto não “tratou bem” e “perseguiu” Melo quando foi governador. O gestor classificou como “normal” apoiar o candidato de Jaques Wagner ao governo e um nome da chapa oposicionista para o Senado. “Voto em Geddel porque ele é meu companheiro de partido. Não tem problema nenhum; quem é meu eleitor vai votar em quem eu estou indicando”, apostou. Outro gestor que prefere Rui é Gilka Badaró, de Itajuípe, que é do PSB, que tem como candidata ao governo a senadora Lídice da Mata, mas aposta no petista.

Após receber tiro, homem é levado ao HGPV. Foto: Divulgação

Um homem foi baleado por volta das 18h19, de segunda-feira (05/5), após tentativa frustrada de assalto a uma casa lotérica localizada na Avenida Santa Luzia, no Joaquim Romão. Murilo Pinheiro Moraes adentrou na loja para praticar o assalto em companhia do menor P.C.P, 17 anos. Policiais que se encontravam próximos do local foram advertidos da tentativa de assalto, apreendendo o menor dentro do estabelecimento. Murilo Moraes empreendeu fuga em uma motocicleta FAN de cor preta, de placa QUH 1047, sendo perseguido pelos policiais. Na fuga o assaltante foi baleado na perna direita, tendo abandonado o veículo nas imediações do Colégio Professor Firmo Nunes vindo a ser alcançado pelos policiais que estavam em seu encalço. Informações do Jequié Repórter

Motorista ficou preso as ferragens da carreta que conduzia na pista

Um acidente tipo engavetamento envolvendo três carretas, um caminhão e um veículo de passeio, na BR-116, próximo ao município de Manoel Vitorino, deixou gravemente ferido o motorista Marcos Paulo Barbosa, 49, condutor de uma das carretas. De acordo com informações repassadas ao Blog Marcos Frahm pelo Chefe de Operações da Polícia Rodoviária Federal, Luiz Cruz, o acidente aconteceu por volta das 16h desta segunda-feira (5), no Km 703 da rodovia e, por conta da batida, a pista ficou parcialmente interditada. O motorista, que conduzia uma carreta com placa de São Paulo, ficou preso as ferragens do veículo e foi socorrido por uma equipe da ViaBahia ao Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié, com graves ferimentos, segundo a PRF.                     Veículo tem parte frontal destruída. Fotos: Ricardo Tuacha/BMF

A Concessionária ViaBahia realiza intervenções no trecho, que consistem na recuperação do pavimento. Em decorrência das obras, o trânsito funciona com operação Pare-Siga. No momento da colisão, uma enorme fila de veículos se formava na estrada.

Deputado João Leão concede ampla entrevista ao Jornal A Tarde

Ex-prefeito de Lauro de Freitas e deputado federal em cinco mandatos, João Leão dizia que Rui Costa como candidato ao governo não agregava apoios. Agora na condição de vice na chapa do petista, diz que mudou de opinião. Leão está convencido de que a eleição será resolvida no primeiro turno.

Nas negociações conduzidas pelo governador Jaques Wagner para definir o vice da chapa governista o seu nome nem era cogitado. Sua escolha surpreendeu. Como entrou no processo?
Olha, surpreendeu até a mim porque eu não estava dentro do jogo. Eu tinha um candidato que era o deputado federal Mário Negromonte. Mas em algumas conversações, diálogos na política, os companheiros do nosso partido decidiram que deveria ser eu. Até porque Mário tinha outras pretensões (politicas). Então, fiquei eu.

Nos bastidores se falava que o seu nome foi o plano B emergencial, já que nas denúncias contra o doleiro Alberto Yousseff (envolvido no escândalo da Petrobras) consta que ele teria intermediado doações para deputados e diretórios do PP. Uma reportagem cita, inclusive, que ele teria relações com um irmão do deputado Negromonte. Isso teve algum peso para o senhor ser o escolhido e não Negromonte?
Primeiro não existia absolutamente nada disso na época em que eu fui escolhido. Não existia doleiro, não existia nada, nada. Agora, o deputado Mário Negromonte foi ministro, é uma pessoa de nome nacional e o que nos consta é que ele não tem envolvimento com essa história do doleiro. Essa história do irmão dele é problema do irmão dele, não dele. O que ocorreu de fato para minha escolha é que foi feita uma pesquisa qualitativa indagando às pessoas qual seria o vice ideal. Segundo o governador Jaques Wagner de cada 11 pessoas 10 escolheram o meu nome. Então não foi uma escolha do governador, do meu partido, foi uma escolha do povo.

O fato de o senhor ser uma liderança forte no Oeste da Bahia, onde o governo enfrenta dificuldade para mobilizar o eleitor, as lideranças, pesou na sua escolha?
Primeiro, se tem um governo que trabalhou e fez muito na região do oeste da Bahia foi o governo Wagner. Ele tem um trabalho excepcional ali. Começa com a rodovia Oeste-Leste, que vem sendo feito, já está em execução, com os investimentos do governo federal na área de desapropriação do porto e desapropriação de toda a linha da ferrovia, que ficou a cargo do governo do estado. Temos no oeste um clamor para concluir aquilo que o governador iniciou. Eu disse lá na região, que quando essa rodovia estiver funcionando vamos ter que botar uma estátua do ex-presidente Lula, uma da presidente Dilma, uma do governador Jaques Wagner, e Leãzinho pequeninho lá, porque quem levou o projeto na época (2007) para o Lula e para Wagner fui eu. Um projeto de minha autoria e com um auxílio muito grande do senador Walter Pinheiro (na época deputado federal do PT).

Mas a ferrovia ainda vai demorar e no Oeste da Bahia há um forte sentimento separatista, que reclama do Estado investimento em infraestrutura, estradas, energia. O PT, há quase oito anos no governo, podia ter feito mais pela importante região do agronegócio.
Olha, a ferrovia Oeste-Leste já saiu do papel, estamos com praticamente todos os trechos iniciados. Faltavam três lotes serem liberados: a ponte sobre o Rio São Francisco (lote 5-A), o lote 6, que vai até São Desidério, perto de Barreiras, e o lote 7. Estes lotes todos foram liberados, agora (semana passada). O lote 1, que é o primeiro lote e fica próximo ao porto na chegada de Ilhéus , tinha um problema com o Ibama. Depois tivemos um problema da empresa que venceu a licitação. Foi chamada a segunda colocada e já está tudo correndo. Se tem uma coisa que está andando bem é a ferrovia, e muito disso nós devemos ao ministro dos Transportes César Borges (PR). Quando César entrou no ministério (abril de 2013), a coisa começou a caminhar bem.

O senhor defendia o nome do senador Walter Pinheiro para suceder o governador Wagner. Chegou a declarar que Rui Costa não agregava aliados. O que o fez mudar de opinião?
A finalidade da vida é fazer que nós tenhamos uma opinião e quando você é convencido por outrem, você muda de opinião. Mudei de opinião. Eu acho o senador Walter Pinheiro um quadro excepcional, é um dos melhores quadros do PT no Brasil. Agora, quando passei a conhecer Rui Costa, junto com Walter Pinheiro, vi que Rui está tão preparado para governar a Bahia quanto Walter está.

O senhor não participou dos atos da visita da presidente Dilma à Bahia, na semana passada. Nas redes sociais correu a notícia de que o senhor poderá sair da chapa. Isso é verdade?
Olha, quando eu entro num barco entro para remar para frente. Não sou carangueijo que anda para trás. O que aconteceu é que tive que participar de uma palestra, na Comissão Mista de Orçamento do Congresso com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para tirar dúvidas sobre o orçamento da União. O resto é fofoca.

Essa fofoca partiu de onde?
O que dizem é que os adversários (não citar nomes) montaram uma central de fofoca. É o zunzunzum que está aí na praça. Então estão dizendo que o ministro Mário está por traz disso, que o governador Jaques Wagner vai sair na Veja (envolvido em denúncias) ….. de uma coisa eu tenho certeza: eu jamais vou sair em nenhuma coisa dessa, porque se tem uma pessoa que não tem rabo de palha naquele Congresso Nacional, sou eu. Sou parlamentar há 20 anos, fui prefeito de Lauro de Freitas por quatro anos e não tenho nenhuma mácula na minha história. Isso é uma coisa que me orgulho muito.

Como vice-governador o senhor acha que vai poder influir nas decisões de governo, caso Rui seja eleito?
Vou ser um parceiro, ajudar o nosso candidato a governar. (pegou uma folha e leu) E governar é reformar o que não funciona, conservando o que merece ser conservado; governar é jamais impor sobre a vida de terceiros, uma única hierarquia de valores e comportamentos; governar é respeitar a lei e não ceder aos caprichos arbitrários dos homens; governar é garantir esse espaço de liberdade em que cada indivíduo procura melhorar a sua condição de vida; governar é exercer o poder temporariamente, humildemente e não detê-lo com avareza doentia de quem se agarra a um tesouro roubado; finalmente, governar bem está sintetizada numa frase que dizia desde que era prefeito de Lauro de Freitas: o bom governo não é de esquerda, nem de direita. Aquele que gasta mais do que arrecada é incompetente mesmo. Então o bom governo é aquele que gasta menos do que arrecada.

Mas o governo Wagner está com problema de caixa, não está?
Está temporariamente. O governo do estado está com problema de caixa e o Brasil também está. São Paulo, que é do PSDB, também está. O Rio de Janeiro é do PMDB, também está. Pernambuco que é do PSB, está com problema de caixa, também. Então é um problema conjuntural. É preciso sentar e resolver. Todo governo que está saindo, quer fazer mais. Então deixa alguns problemas para os outros. Mas quando eu fui prefeito de Lauro, deixei muito dinheiro em caixa para Otávio Pimentel, que foi meu sucessor.

O senhor disse que governar é reformar o que não funciona, conservando o que merece ser conservado. O que não está funcionando no governo Wagner e o que merece ser conservado?
Em todo governo tem algumas pedras que precisam ser mudadas. Não existe governo perfeito. O que nós precisamos é governar bem. Vou dar um exemplo: o nosso partido, o PP, tem a Secretaria de Agricultura, a secretaria dos Portos e a Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir). De vez em quando você tem que tirar uma peça. Vamos falar de agricultura, o meu berço. Você chega em algumas regiões na Bahia, como em Rio Real, no nordeste do estado, onde se produz 16 toneladas por hectares de laranja. São Paulo produz 30 toneladas. Está algo errado, temos que incentivar o produtor. Nós temos um rebanho bovino de 12 milhões de cabeças. Nós perdemos agora (com a seca) algo em torno de 1 milhão de cabeças na Bahia, porque não se preparou os produtores, para o uso de silagem, para o gado não morrer. Vamos ter que ensinar as pessoas.

Isso é o que o senhor pretende levar num eventual governo de Rui Costa?
É preciso uma visão global da economia do estado. No extremo sul há algumas vocações, como o turismo que é excepcional. Temos algumas rodovias que ligam a Minas Gerais, mas que o acesso ainda é difícil. Então temos algumas deficiências. O governador Jaques Wagner vai fechar o governo com 8 mil quilômetros de rodovia. Fizemos 500 mil ligações elétricas pelo programa Luz para Todos. Os eixos rodoviários foram colocados, falta fazer ainda as interligações. A Bahia tinha uma única universidade federal desde 1808, que é a Ufba. E sete anos depois, no atual governo, temos mais seis. Demos uma mexida na Bahia, mas precisamos continuar este trabalho.

As pesquisas mostram que a presidente Dilma se mantém na dianteira da corrida sucessória, mas ela vem caindo em todos as regiões e já é dado como certo o segundo turno. O senhor acha que o mau desempenho da economia, inflação em alta e as denúncias na Petrobras podem atrapalhar ?
Não, isso de queda em pesquisa é natural em campanha eleitoral. Lula teve de enfrentar dois segundos turnos. Já Wagner ganhou no primeiro , quando não se esperava. Paulo Souto tinha 76% na pesquisa de intenção de votos. Então, eleição é eleição. Acredito muito no trabalho que a presidente Dilma vem fazendo no País. Na Bahia, tínhamos uma única escola técnica, hoje temos 30. Na infraestrutura temos a Fiol, todas as rodovias federais foram restauradas, estamos duplicando a BR 101 e vamos duplicar a BR 116. Então, estas coisas todas estão acontecendo no estado, mas queremos mais.

Tudo indica que aqui na Bahia também haverá segundo turno…..
Eu não acredito, não, e se brincar, vamos ter um percentual (de votos) maior do que teve Wagner. Na eleição passada (2010) disputavam Geddel (PMDB) e Paulo Souto (DEM), dois nomes conhecidos no estado. Souto foi governador três vezes e Geddel é um nome hiperconhecido. Tinha tudo para ter segundo turno e não teve. Portanto, eu, que estou rodando a Bahia inteira, tenho certeza que vamos ganhar no primeiro turno.

Mas o fato de o PT perder as duas últimas eleições em Salvador, que é o maior colégio eleitoral do estado, não diz nada?
Essa questão de Salvador é muito relativo. Se nós perdermos por 1 milhão de votos de frente em Salvador ainda assim nós ganhamos a eleição. Porque nós temos o interior da Bahia. Na política da Bahia você tem a banda A, que é o prefeito, e a banda B, que é a oposição ao prefeito. O que está acontecendo nas nossas andanças para a construção do programa participativo? Estão vindo juntas, a banda A e a banda B. Dos 417 municípios, em 350 nós termos a banda A e a banda B apoiando o candidato Rui Costa e o nosso senador Otto Alencar (PSD), grande liderança política e um dos pilares da nossa chapa.

E a segurança, não é uma pedra no sapato do governo?
Em São Paulo a segurança está um caos. No Rio de Janeiro está um caos. Se mostrar a segurança em Pernambuco, está um caos. Na Bahia, está ruim, está um caos. Porém foi um governo que fez grande investimento em segurança pública, em novas viaturas e coletes para a tropa. Mas segurança, e eu vou mostrar isso para o meu querido governador Rui Costa, não é só a polícia, não. é política social. Tem que ensinar segurança nas escolas especiais, na capacitação, no treinamento da meninada, para não se envolver com drogas. Vai precisar desse trabalho na base, porque em um governo só, não se faz tudo. Informações do A Tarde

Marcelo Aguiar será secretário de Governo. Foto: Blog Marcos Frahm

Em Jequié, as mudanças simultâneas continuam nas secretarias do Governo ‘’Tânia Brito’’.  Depois de nomear Jairo Rodrigues, ex-secretário de Esporte e Lazer, como secretário interino de Governo, a prefeita deverá formalizar através de nomeação, o nome de Marcelo Aguiar, para o cargo de Secretário Municipal de Governo. O cargo vem sendo exercido interinamente por Jairo desde a exoneração do ex-secretário Eduardo da Glória Barbosa, no início da semana passada. Marcelo Aguiar, que exerce desde o início da gestão o cargo de Secretário da Agricultura, Meio Ambiente e Irrigação, é uma das duas indicações do Partido dos Trabalhadores-PT, no primeiro escalão municipal. Com a presença de Aguiar na nova função que necessariamente estabelece contato diário e direto com a prefeita, a suposição é de que as relações do executivo com o legislativo, que não são das melhores, sejam menos desgastantes, segundo informa o Jequié Repórter.  Marcelo é militante petista e um dos membros da cúpula do PT local, aliado do vice-prefeito Sérgio da Gameleira (PT), que tem demonstrado descontentamento com a gestão pública municipal, sob a alegação de que não é consultado sobre as mudanças na administração.

Um homem foi encontrado morto no último sábado à tarde na zona rural de Jequié. Railton Argolo Xavier foi encontrado na Fazenda Alto das Orquídeas, e no corpo da vítima foram constatadas perfurações provenientes de golpes de faca. A polícia não tem informação sobre autoria e motivação do trigésimo assassinato registrado neste ano de 2014 no município.

Mutum segue como um dos trechos mais perigosos da BR-116

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou, nesta segunda-feira (5), o balanço das ocorrências registradas durante o final de semana nas estradas da região, com dois acidentes na Rodovia Santos Dumont – BR-116. Na tarde deste domingo (4), uma colisão traseira na Serra do Mutum; um veículo de passeio bateu na traseira de um caminhão, mas não houve vítimas. O motorista do carro evadiu-se do local. Já por volta das 18h um veículo Fiat Strada capotou no mesmo trecho da Serra do Mutum, também sem vítimas, segundo informou a PRF.