O governador Rui Costa afirmou que vai cumprir a promessa de ajudar o município de Jaguaquara com a reforma de reestruturação do Hospital Municipal – HMJ, unidade que antes era Hospital Regional, da rede estadual da Saúde e que há mais de 15 anos funciona sob responsabilidade da Prefeitura depois de municipalizada pelo ex-governador Paulo Souto. Com estrutura defasada e carente de equipamentos de ponta, o Hospital enfrenta dificuldades para atender a demanda de 60 mil habitantes. Mas a cobrança para que o Estado assuma o processo de reforma da unidade hospitalar não partiu da classe política. Rui ouviu argumentos insistentes do repórter Marcos Frahm, durante coletiva de imprensa na Rádio 93 FM de Jequié, nesta quarta-feira (15), que relatou a precariedade do HMJ ao indagar o chefe do Executivo baiano sobre quando sairá do papel a proposta de requalificação do Hospital. Morador de Jaguaquara, mas atuando em Jequié, na condição de repórter da emissora, Marcos Frahm chegou a fugir da linha de entrevistador e pediu até pelo amor de Deus, para que Rui Costa direcionasse o olhar para a sua terra natal. ”Eu queria, e acho que os ouvintes pensam comigo, que o senhor direcionasse apenas 10% desse carinho e atenção que o senhor tem por Jequié a Jaguaquara, e atendesse a um anseio da população de reforma do hospital, já que o município alega que o recurso disponibilizado pelo SUS não é o suficiente para manter a unidade em bom funcionamento”, disse Frahm. Rui brincou e pediu para que o repórter se preparasse para fotografar em breve a solenidade de reinauguração, e garantiu que, ainda neste ano, autorizará a obra, mas salientou que aguarda análise de um projeto elaborado pelo município que necessitou de alterações para ser reencaminhado a Secretaria da Saúde da Bahia. ”Marcos, eu não só lembro, mas o povo da Bahia sabe que eu fui o primeiro candidato na história da Bahia que registrou no cartório o programa de governo e recentemente saiu uma matéria na Folha de São Paulo com um levantamento das promessas de todos os governadores, fazendo um balanço de quem tinha cumprido. Para a minha alegria, fui o governador que mais compromissos assumiu e tive o orgulho de estar em primeiro lugar como o governador que mais honrou compromissos e falta cumprir outras coisas. Em Jaguaquara, já fizemos o asfalto e vamos fazer mais coisas. Tem um compromisso nosso. O hospital foi municipalizado e nós fizemos um compromisso lá com o prefeito que ele faria um projeto e nos entregaria. Ele fez um projeto, nos entregou recentemente e a Divisa, que é uma unidade da Secretaria da Saúde que analisa tecnicamente o projeto e foi solicitado a ele fazer algumas alterações e nós estamos aguardando a entrega dessas alterações que foram solicitadas para a partir daí, licitar diretamente a obra ou fazer um convênio com ele para que ele execute a obra”, sentenciou.

O imbróglio envolvendo a prometida reforma do Hospital Municipal de Jaguaquara (HMJ) continua e o prefeito do município, Giuliano Martinelli (PP), resolveu comentar o assunto ao participar da abertura dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal, na noite desta quarta-feira (15). O governador Rui Costa (PT), teria afirmado não ter conhecimento de que um projeto solicitado ao município para análise técnica e autorização da obra de reestruturação da unidade hospitalar tivesse chegado a sua mesa. Já o prefeito, ao discursar na Tribuna da Câmara, disse que Jaguaquara tem 54 projetos elaborados aguardando aprovação e admitiu que a proposta do HMJ foi apresentada inicialmente ao Governo Jaques Wagner. ”Temos a reforma do hospital. O governo do estado aceitou o nosso projeto, a pedido do ex-governador Jaques Wagner, encaminharam para a secretaria de saúde, seguraram o projeto por um ano e meio, quando Rui tomou posse, me chamam e diz: você tem que assinar o arquivamento desse projeto. ‘E eu falei’: porque? Porque ele deveria ser apresentado na divisa, ‘e porque não falaram’? Foi uma falha de comunicação. Esse projeto retornou para as nossas mãos. Agora imaginem vocês, equalizar toda a planilha orçamentária, novamente, desse projeto e fora as adequações que estão exigindo, porque a legislação apresenta algumas normas que eu tenho que me adequar. Aí é mais tempo perdido”, lamentou a burocracia e o tempo. Em nota pública, na semana passada, a Prefeitura teria esclarecido que um novo projeto foi entregue a Secretaria Estadual da Saúde – Sesab, já no Governo Rui Costa. O coordenador dos Consórcios Públicos de Saúde da Bahia, Nelson Portela, por telefone, disse ao Blog Marcos Frahm que o projeto necessitava de alterações e que foi apresentado a Sesab depois das exigências para mudanças, em relação ao que foi entregue na gestão anterior.

O prefeito Giuliano Martinelli (PP) compareceu à sessão solene desta quarta-feira (15), que marcou a abertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Jaguaquara relativos ao primeiro período ordinário de 2017. Conforme estabelecido na Lei Orgânica do Município, o prefeito fez a leitura da síntese das atividades desenvolvidas no exercício anterior pela administração pública local. Após ouvir a vereadora Sara Helem (DEM) lhe criticar pelo afastamento da cidade, Giuliano justificou a ausência com afirmação de que ”se não correr atrás não consegue absolutamente nada”, ao destacar o que classifica necessária a sua visita as secretarias estaduais e citou sua participação na Mesa Diretora da União dos Municípios da Baia – UPB, o que tem lhe afastado do município, mas com justificativa de que a eleição para o cargo de vice do presidente da entidade que será presidida pelo prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro (PSD), lhe dar respaldo para buscar melhorias para Jaguaquara junto ao Governo, apesar de ter revelado ser afilhado político do vice-governador e secretário estadual de Planejamento, João Leão (PP). ”Jaguaquara está tendo uma grande visibilidade porque ela tem o prefeito representando todo o Vale do Jiquiriçá e o Médio Rio de Contas. São 36 municípios representados e, hoje, muitos dos prefeitos novos me vêem como a solução de algum problema pela experiência do primeiro mandato e me ligam para ir a uma secretaria e eu aproveito essa visita para levar as demandas de Jaguaquara”, sentenciou o gestor, fazendo referência à influência política que obtém por ser eleito para o cargo de vice-presidente institucional da UPB, para o qual será empossado nesta quinta-feira (16), em Salvador. Martinelli relembrou obras de asfaltamento da área central da cidade, de eletrificação rural e a recente aquisição de uma ambulância para Jaguaquara, mutirão de cirurgias eletivas realizado em 2016, atendimento odontológico gratuito através do Odontomóvel da Sesab como ações do Governo da Bahia em parceria com a Prefeitura. Apontou como meta a elaboração de um projeto que disse ter apresentado ao Governo para obra de requalificação do Mercado Municipal, que segundo ele será executado ainda neste ano. Citou ainda que recorreu ao governador Rui Costa para dialogar sobre a crise hídrica que afeta o município, admitindo que a manifestação popular realizada por consumidores contra a Empresa Baiana de Águas e Saneamento – Embasa foi pertinente e que chamou a sua atenção e de outras autoridades. Disse que durante encontro com o secretário de Recursos Hídricos, Cássio Peixoto, ficou determinado que o Governo do Estado irá fazer investimentos na rede de abastecimento, mas que é um processo a longo prazo. Esclareceu sobre o problema do transporte escolar no município, o que tem rendido críticas de estudantes e pais de alunos a Secretaria de Educação. ”Outro assunto que foi abordado, eu quero fazer questão de passar para os pais agora, que é em relação ao transporte escolar. Foi iniciado o ano letivo da rede estadual de ensino e não da rede municipal. A competência nossa, para trazer os alunos do Entroncamento [distrito Stela Dubois] é apenas do ensino médio e do ensino técnico do Pio XII. O fundamental I e II, aí vem a conscientização dos pais dos alunos do Entroncamento. Se é ofertado no distrito o fundamental I e II, qual é a justificativa que eu tenho para custear o transporte escolar municipal para a sede? no distrito é ofertado. Se não tivesse o fundamental I e II aí sim, obrigatoriamente eu colaria. Deixem seus filhos no Entroncamento”, esclareceu, dizendo que a rede municipal transporta cerca de 500 alunos da rede estadual, mas que a contrapartida é de um valor classificado por ele como ”irrisório” para atender a demanda. Revelou estar consciente do desgaste político que enfrenta com medidas duras tomadas no início dessa sua segunda gestão e que o objetivo agora é administrar de forma coerente, que ser for para continuar tendo contas reprovadas por índice de pessoal vai dar um basta na contratação temporária de servidores. Em relação à polêmica gerada diante da informação de que o Colégio Estadual Virgílio Pereira será municipalizado por solicitação do município, o mandatário não comentou. *Nota original do Blog Marcos Frahm

De advogada a política, Sara Helem (DEM), que não obteve êxito em duas disputas pela Prefeitura de Jaguaquara, conseguiu ser eleita vereadora em 2016 e começa a exercer o mandato como única opositora declarada ao prefeito reeleito Giuliano Martinelli (PP), já que, até aqui, dentre os outros 14 parlamentares, nenhum se posicionou contrário ao mandatário municipal, que deve contar com apoio da maioria absoluta. Mas o fato de ter Sara como única opositora pode não ser fácil para o Executivo como parece. Há quem enfatiza o ditado de que ”uma andorinha só não faz verão”, mas da pra voar. E a vereadora deve ganhar destaque na Casa, pela independência política. Em seu primeiro discurso, durante sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos, na noite desta quarta-feira (15), Sara Helem, ao contrário dos outros edis, que se derramaram em elogios ao prefeito, resolveu alfinetar o chefe do Executivo e criticou a ausência de Martinelli na cidade. ”Todos falaram um pouco aqui de sofrimento, de que realmente o nosso povo está querendo ver à administração dar certo, mas para que essa administração dê certo, o que eu tenho ouvido, vou falar só do dia 1º de janeiro pra cá, aproveitando a presença do excelentíssimo senhor prefeito. Uma das grandes queixas é a sua ausência no município”. A vereadora disse ainda que, já ouviu dizer que o prefeito está buscando benefícios, mas que é necessária a presença do gestor na cidade, ”não só para ouvir, mas para ser ouvido”. Ela reagiu também ao pronunciamento do agora governista Rosenildo Pirôpo (PSB), que reproduziu na Tribuna o que disse o governador Rui Costa (PT), em visita a Jequié, de que irá cumprir a promessa de reestruturação do Hospital Municipal de Jaguaquara (HMJ), que antes era Hospital Regional, pertencente à rede estadual da Saúde e que foi municipalizado pelo ex-governador e atual secretário da Fazenda da Prefeitura de Salvador, Paulo Souto (DEM). Helem aplicou críticas ao governador Rui, dizendo que o petista foi muito bem votado e pouco tem feito para honrar os votos no município.

A Câmara Municipal iniciou suas atividades legislativas de 2017, com sessão solene na noite desta quarta-feira (15), sob a presidência do presidente Élio Boa Sorte Fernandes (PP), reeleito para o cargo em 1º de janeiro. Na sessão de abertura do primeiro período ordinário do ano, que contou com a presença do prefeito Giuliano Martinelli (PP), vice-prefeito Nilton Santiago (PR) e do comandante da 3ª Cia da Polícia Militar, Capitão Isaías de Jesus, o presidente falou em manter a harmonia na relação entre o Legislativo e o Executivo, citou transparência, ao afirmar que presidirá a Casa com base no cumprimento do Regimento Interno e anunciou nova data das sessões ordinárias, que antes eram realizadas às sextas-feiras e passarão a acontecer as quartas-feiras.