Apesar da insatisfação de pais de alunos com o atraso da abertura do ano letivo em Jequié, que não iniciou no prazo estabelecido, o prefeito Sérgio da Gameleira destacou a Educação do município em seu discurso ao ler a mensagem do Executivo na abertura dos trabalhos Legislativos na Câmara Municipal.  Na presença do secretário de Educação, Roberto Gondim, virtual candidato a deputado estadual apoiado pela equipe da Prefeitura Gameleira direcionou maior destaque à educação que, segundo o gestor, ”além de proporcionar um ensino de qualidade, buscou ainda valorizar nossos professores, reajustando o valor do piso dos docentes. Tudo isso resultado de planejamento, visto que, mesmo diante uma crise econômica que agride todo o país, a Prefeitura de Jequié honra e reconhece a necessidade de valorizar os profissionais da educação, enquanto a maior parte dos municípios e estados  não tem condições de efetuarem esse benefício. Com os valores oriundos dos precatórios nós conseguimos”, ressaltou, afirmando que a educação ainda está mudando. ”Só tenho uma coisa a dizer: Nossa Educação está mudando”. Indagado pelo Blog Marcos Frahm sobre o atraso na abertura do ano letivo, por conta das escolas com obras de reforma não concluídas, o prefeito atribuiu os problemas que dificultaram o início das aulas no prazo estabelecido aos vereadores de oposição na Câmara. ”Eu não queria voltar a esse assunto, mas eu não sou de correr de pergunta. Por causa de alguns movimentos de vereadores a gente atrasou trinta dias a reforma das escolas. Hoje nós estamos com quinze dias de atraso. Por exemplo, o colégio Anísio Teixeira começou a reforma com quinze dias de atraso e estaria pronto quinze dias antes do início do ano letivo. Não foi uma ação do governo. Eu precisava da autorização da câmara. Embora a empresa já estivesse licitado [a reforma] desde novembro, eu não poderia ser irresponsável. O trabalho que era pra a gente começar em dezembro, começou no dia 5 de janeiro”, explicou.

Ao atribuir o atraso a oposição, mas sem citar nomes de vereadores, mesmo com todos os parlamentares presentes no Plenário Sérgio se referia ao pedido de vista apresentado em dezembro de 2017 pelo vereador Daubit Rocha (Colorido) para examinar o projeto enviado pelo Executivo e elaborado como Plano de Ação para a Educação do Município, constando da proposta construção de escolas e reforma de outras, cuja proposta pedia a aprovação da utilização de parte dos recursos do precatório oriundo do FUNDEF em um montante de R$ 35 milhões para a estruturação da rede municipal de ensino. O vereador Colorido, em dezembro, teria esclarecido que a solicitação do pedido de vista está regulamentada pelo Regimento Interno da Câmara e que todo projeto encaminhado a Casa para ser analisado e colocado em pauta de votação tem em seu curso normal a possibilidade de ser pedido vista, que é uma solicitação feita para examinar melhor determinado projeto, quando o mesmo apresenta em seu conteúdo dúvidas a respeito a sua execução e a forma como será empregados os recursos relacionados ao mesmo.  O projeto foi aprovado por unanimidade, antes do Poder Legislativo findar o exercício de 2017. Nos meios de comunicação da cidade, a exemplo de emissoras de rádio, moradores reclamam do atraso nas obras de reforma de escolas e criticam a gestão pública municipal. Há relatos de que na localidade de Cachoeirinha, na área rural de Jequié as aulas ainda não começaram.