Delegado diz que tráfico de drogas está motivando crimes em Jaguaquara com apoio de usuários

Delegado Regional Fabiano Santos Aurich. Foto: Blog Marcos Frahm

O delegado Fabiano Santos Aurich, chefe da 9ª Coordenadoria Regional do Interior – 9ª Coorpin, sediada em Jequié, comentou em entrevista ao Blog Marcos Frahm sobre os casos de criminalidade registrados na região, tendo afirmado que os crimes de homicídios tem sua maioria relacionada ao tráfico de entorpecente, citando o município de Jaguaquara como alvo de traficantes de outras cidades e revelando que a disputa por ponto de tráfico de drogas tem motivado mortes, apesar de afirmar que, mesmo com os últimos registros, dados e estatísticas não colocam a cidade entre as mais violentas. ”Jaguaquara veio de um número alto em 2014, depois o número de homicídios veio caindo e o interessante de Jaguaquara é que é como Jequié, onde 90% dos homicídios têm autoria definida. O crime do último sábado já está com a investigação avançada e nós já temos bastante informações”, disse, ao se referir sobre a morte do jovem Romilton Lima Neri, de 21 anos, morto a tiros no sábado (10) no bairro Cruzeiro quando pilotava uma moto. Ele não descarta o envolvimento da vítima com o tráfico. Aurich defende a necessidade de endurecer as leis que tratam do porte de drogas. Para ele, em Jaguaquara, como em outras partes do país, os usuários são os que fomentam o tráfico e, com a compra do produto ilícito, movimentam a comercialização da droga, fazendo com que membros de facções entrem em conflito, gerando os acertos e desacertos entre traficantes e até mesmo usuários que geralmente terminam em morte. ”É o tráfico entrando na cidade, entrado em Jaguaquara, mas vale lembrar que para ter o traficante, tem que existir o usuário, que vai cheirar cocaína no bar, vai fumar maconha e acha que é uma vítima, que é um inocente e não passa de um participante do crime. Infelizmente, a lei mudou para pior em relação ao usuário. Eu sou mais radical e penso que com a permanência do usuário na prisão o crime ficaria mais controlado pela polícia”. O delegado reforça que no mundo do crime, ”comprou drogas ou pegou para vender e não pagou, a sentença é a pena de morte, que pode ser executada com requintes de crueldade”, completou.