O Globo: Ricardo Pessoa, dono da UTC, afirma que repassou R$ 750 mil para Luiz Argolo

Aumentam acusações contra Luiz Argolo
Aumentam acusações contra Luiz Argolo. Foto: Divulgação
O empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, afirmou na quinta-feira (17) que repassou R$ 600 mil em espécie para o ex-deputado federal Luiz Argolo (SD-BA) antes das eleições de 2012. De acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo, o empresário afirmou que o dinheiro seria usado para financiar campanhas de prefeitos e vereadores de cidades da Bahia onde o parlamentar tinha influência. O pagamento saiu do caixa 2 da empreiteira, de uma conta administrada pelo doleiro Alberto Youssef, e não tinha relação com o esquema de corrupção na Petrobras. Além disso, ainda de acordo com o jornal, Pessoa confessou ter feito uma doação oficial de R$ 150 mil para a campanha de Argolo em 2014 e ter efetuado outros repasses para contribuir com projetos sociais mantidos pelo parlamentar, como a compra de cadeiras de rodas. Ao ser questionado pelo procurador Julio Carlos Motta Noronha se esperava que Argolo fizesse algo em seu favor, Pessoa respondeu que esperava que o deputado representasse ideias do segmento da engenharia. ”Argolo sempre teve comigo relação de futuro dentro do parlamento, dentro do governo da Bahia. Era o futuro que eu considerava que vá a ser ou será ou seria um parlamentar crescente. E ele sempre procurava se aconselhar comigo”, disse o dono da UTC. No último dia 10, ao ser interrogado pelo juiz Sérgio Moro, Argolo negou que tenha participado de esquemas de corrupção e disse que tinha se encontrado com Pessoa para discutir a venda de um terreno em Camaçari, reigão metropolitana de Salvador. O empresário negou que tenha conversado sobre isso. O advogado Sidney Peixoto, que defende Argolo, afirmou que os R$ 600 mil de Pessoa foram entregues a Youssef, não sendo possível afirmar que eles chegaram ao ex-deputado. Youssef também prestou depoimento nesta quinta-feira. Ele confirmou o pagamento de R$ 600 mil revelado por Pessoa, e que fez uma série de ”contribuições espontâneas” para Argolo, de valores variados, e que alguns pagamentos se referiam a comissão por “negócios privados” indicados pelo parlamentar.