Militar, vereador propõe audiência pública para debater segurança pública em Jequié; ”necessidade de tratarmos desse tema”

Soldado Gilvan é policial militar da reserva. Foto: Blog Marcos Frahm

A Câmara Municipal de Jequié aprovou Requerimento apresentado pelos vereadores Soldado Gilvan, Tinho e Bui Bulhões, visando à realização de uma Audiência Pública para tratar de questões relacionadas a área da Segurança em Jequié.

Uma das preocupações manifestadas pelos parlamentares diz respeito a desativação das sedes das Companhias Setoriais do 19º BPM, instaladas em pontos estratégicos da cidade e serem transferidas para a parte interna do Batalhão no KM 3. Outro ponto a ser abordado tem relação à segurança interna e externa do Conjunto Penal de Jequié.

Ao BMFrahm, Gilvan, que é militar, defendeu a urgência para tratar do tema novamente na Câmara de Vereadores e disse que, mesmo sem acreditar nos números divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que colocam Jequié como cidade mais violenta do Brasil, acha que a propagação da divulgação os dados assusta os moradores e que é de extrema importância debater a Segurança com as autoridades judiciais, policiais e sociedade civil organizada, permitindo que todos possam contribuir para melhorar os serviços públicos ofertados a comunidade; afinal, as decisões que envolvem a sociedade não podem ser tomadas de maneira unilateral.

”Nesse ano tivemos a triste notícia apontando Jequié como cidade mais violenta. Nós não acreditamos nesses números, mas só em ver Jequié em primeiro lugar no Brasil já asusta a população jequieense. Então, nós demos entrada na convocação de audiência pública, com Poder Judiciário, Ministério Público, Corpo de Bombeiros, Delegacia, Guarda Municipal, Executivo, para abordar novamente esse assunto com a sociedade”, disse Gilvan, que destacou o trabalho da Polícia Militar. ”Sou militar da reserva e a Polícia Militar de Jequié faz um trabalho de excelência, mas, mesmo não acreditando nesses número, não deixa de ser algo preocupante, haja vista a necessidade de tratarmos desse tema. Estamos vendo nas ruas guerra de facções criminosas. Nós vamos debater a segurança interna e externa do Conjunto Penal e ainda a transferência das companhias dos bairros da cidade”, justificou.