Um ex-integrante da gestão do prefeito Sérgio da Gameleira (PSB), Reginaldo Barros, professor da rede estadual de ensino, protocolou, nesta quarta-feira (20), na Câmara Municipal de Jequié um pedido de afastamento do chefe do Executivo. Barros deu entrada com o pedido na secretaria do gabinete da presidência do Legislativo, tendo justificado que constatou desmandos na aplicação dos recursos dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb. Reginaldo já fez parte da gestão da qual denuncia. Até novembro de 2018, integrava a gestão de Gameleira e revela ainda que, seus dois filhos, também exerceram cargos comissionados através de terceirização. Em entrevista a Rádio Povo FM local, o autor do pedido fala em várias irregularidades na administração. ”O que nos levou a protocolar esse pedido de impeachment foram as graves denúncias, irregularidades praticadas pela gestão municipal. Eu fazia parte da gestão? Fazia sim e tinha dois filhos que trabalhavam na gestão. Pedidos o afastamento de ambos por achar que, desde o mês de novembro pra cá, que a gestão não estava caminhando em caminho reto. Acabamos sendo convencidos de que a gestão, de fato, passou dos limites. Na semana passada, fomos surpreendidos com o telefonema de um vereador perguntando sobre um filho meu, que é arquiteto e prestava serviço na secretaria de Infraestrutura, com um salário de seis mil reais aproximadamente, onde no Tribunal de Contas constava que ele estava ganhando mais de nove mil reais. Eu disse que não tenho conhecimento. Jequié estava virando Cuba. Mostraram alguns contracheques de alguns servidores que estão tendo empréstimos consignados descontados na folha e os empréstimos não estão sendo repassados para as instituições financeiras. Estão lesando os servidores, mas o que nos motivou foram os precatórios. Jequié recebeu quase duzentos milhões de reais dos precatórios e apenas sete milhões, dos nove que foram destinados para reformas de escolas foram aplicados”, dispara o professor, que em 2017 foi nomeado pelo prefeito para dirigir a Superintendência Municipal de Trânsito-Sumtran. Nas eleições municipais de 2018, Barros foi defensor da bandeira de Gameleira durante o processo eleitoral.
