Jaguaquara: Raimundo do Caldo nega possível aliança com a prefeita Edione e fala em candidatura própria em 2024

Raimundo diz que aliança entre o PT e o PSD é histórica. Foto: Blog Marcos Frahm

O ex-vereador de Jaguaquara, Raimundo do Caldo (PSD) descartou, nesta sexta-feira (29), a possibilidade de ser candidato a vice-prefeito em 2024 na chapa liderada pela prefeita Edione Agostinone (PT). Em entrevista à imprensa, enquanto participava da agenda do governador Jerônimo Rodrigues (PT) no Entroncamento de Jaguaquara, Raimundo disse não acreditar que a interferência de cima, ou seja, a articulação dos figurões do Governo do Estado, lhe convença a formar aliança com o grupo governista.

Liderado do senador Otto Alencar e do deputado federal Antonio Britto, lideranças expressivas do PSD, que não estiveram no evento que contou com Jerônimo e o ministro Rui Costa (PT), ele justificou a sua participação no palanque, tendo afirmado que o PSD é parceiro do Governo, mas descarta junção com o PT local. ”O PSD é parceiro do governador e nós fazemos parte desse grupo político, é uma aliança histórica, mas aqui, na eleição municipal, é outra conjuntura. Eu não acredito nessa possibilidade, eu acredito em nossa candidatura”, disse.

De fato, para quem acompanha os bastidores da política, Jerônimo e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), vem tentando costurar a aliança dos sonhos, entre Edione e Raimundo, para liquidar os seus opositores na cidade, e essa movimentação ocorre desde 2022, quando a prefeita e o seu adversário dividiram o palanque em apoio ao PT na disputa pelo Governo do Estado.

Entretanto, apesar do poder de articulação dos petistas, a desejada aliança é improvável, ou seja, tende a não acontecer. Até porque, Raimundo, que já ocupou o cargo de vice, entre 2013 e 2016, quando o então prefeito Giuliano Martinelli (PP) exerceu o seu primeiro mandato, e que estava distante de Martinelli após ruptura política nas eleições estaduais de 2014, quando se dividiram entre Rui Costa e Paulo Souto, voltou a ter contato com Giuliano, este que estaria rompido com a prefeita Edione.

Além disso, a ala oposicionista, tem o ex-prefeito Ademir Moreira, que filiou-se recentemente ao MDB de Geddel e Lúcio Vieira Lima, mesmo partido do vice-governador, Geraldo Jr., sustenta a tese de que pode ser o candidato da oposição, mas fontes dizem que, juntos, poderão se entender no futuro, por candidatura única do grupo. O movimento da oposição também deverá tentar cooptar o apoio, nem que saiba moral, dos Leões, João e Cacá, do Proggressistas, descartados pela prefeita e que possuem relação antiga com a política jaguaquarense.