As declarações do presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais de Jaguaquara – COOPJAGUAR, Nelcivaldo Barbosa de Almeida “Branco”, ao usar a tribuna da Câmara de Vereadores na terça-feira (14) para contestar um processo de licitação realizado pela Prefeitura para aquisição de gêneros alimentícios da Agricultura Familiar vem tomando conta dos meios políticos nos últimos dias.
O representante da entidade, localizada no bairro Palmeira, foi à Câmara para contestar a licitação realizada neste ano, cujos produtos seriam fornecidos ao Município para serem inclusos na alimentação de alunos da rede municipal de ensino, no valor R$ R$ 1.569.000,00, e o mesmo colocou o processo sob suspeita. O denunciante, ao alegar que a COOPJAGUAR teria sido desclassificada, ficando como segunda empresa colocada alegou, entre outras situações consideradas por ele como irregulares que, a vencedora do certame, [Associação Wilson Furtado] já homologado, não atende os 34 itens que estariam sendo exigidos no edital.
Branco revelou ainda que, as licitações anteriores para o mesmo seguimento de fornecimento de frutas e verduras teve como fornecedora uma empresa sem endereço ”não se planta mais se irrigação e lá não tem irrigação. As pessoas moram no assentamento e vão trabalhar no Entroncamento. Por exemplo, o presidente da associação trabalha de pedreiro no Entroncamento. Como ele é presidente de uma associação de produtor, se ele não é produtor?”, contestou, admitindo que, mesmo com as alegações dele, a empresa não estaria impedida de participar da licitação, mas teria que ter produtos para fornecer. Sobre a outra empresa, que teria vencido os processos anteriores, Necivaldo chegou a dizer que a empresa União Central seria fictícia e fez questionamento em relação ao alvará de funcionamento concedido pela Prefeitura. ”Como é que eles deram esse alvará, se não existe endereço, só existe no papel. Estão ganhando quanto?”, disparou.
As declarações de Branco, embora esclarecidas pelo procurador-geral do município, Dr. Victor, que também participou da sessão e negou irregularidades na licitação, repercutem nos bastidores da política de Jaguaquara. O produtor, em dado momento do discurso feito com duras acusações afirmou que o município teria trambiqueiros e questionou se a polícia não irá investigar o caso. O espaço para o pronunciamento do visitante na Casa havia sido solicitado via ofício e foi concedido sem maiores dificuldades pelo presidente da Câmara, Nildo Pirôpo.
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