Ex-presidente do Peru, Ollanta Humala e sua mulher, são presos envolvidos no caso da Odebrecht

Ollanta se apresenta à Justiça. Foto: Ernesto Benavides/AFP

O juiz peruano Richard Concepción Carhuancho ordenou a prisão do ex-presidente do país, Ollanta Humala e de sua mulher, Nadine Heredia, que são acusados de lavagem de dinheiro relacionada ao caso Odebrecht. O casal se apresentou às autoridades após a decisão e foi preso em Lima. A ordem, que autoriza 18 meses de detenção para Humala e Nadine, veio após procuradores argumentarem que o casal pode fugir do Peru. O mesmo juiz já havia ordenado a prisão de outro ex-presidente peruano, Alejandro Toledo, por acusações semelhantes. Toledo está nos Estados Unidos lutando contra pedidos de deportação das autoridades peruanas. O procurador Germán Juárez acusou o casal Humala e Nadine de lavar dinheiro nas campanhas presidenciais de 2006 e 2011. Ele explicou que ambos receberam recursos públicos da Venezuela para a campanha de 2006, quando Humala saiu derrotado nas eleições. Em 2011, quando Humala foi eleito, a Odebrecht e a OAS contribuíram com dinheiro que seria destinado a corromper funcionários e obter licitações, segundo o procurador. O empresário Marcelo Odebrecht declarou em sua delação que havia entregado ilegalmente 3 milhões de dólares à campanha de Humala, que negou as acusações. No Twitter, o ex-presidente e sua mulher negaram as acusações. Humala afirmou que a decisão confirma o ”abuso de poder” das autoridades e Nadine disse que ”não foram apresentadas provas”.