A disputa pela presidência do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Vale do Jiquiriçá entre candidatos do mesmo grupo, ou seja, integrantes da base de Jerônimo Rodrigues (PT) suscita a pergunta: quem tem mais influência no Governo? Antonio Sampaio (Avante) de Irajuba e Nelson Portela (PT) de Maracás são figuras mais próximas do Governo, inclusive, Sampaio e Nelson, fazem parte do mundo de alianças do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), desde 2010, quando o então secretário de Relações Institucionais da Bahia se candidatou a deputado federal, sendo apoiado por ambos nos respectivos municípios.
Já Marquinhos Senna (PP), de Lagedo do Tabocal, figura afinada com o prefeito de Jequié, Zé Cocà (PP) e com o deputado Hassan (PP), também colocou o nome à disposição dos colegas para a disputa pela liderança da entidade, que congrega 20 gestores do território, e a sua aproximação com o mandatário da Cidade Sol, considerado opositor do Governo, não significa que a candidatura teria viés oposicionista. Em 2022, Marquinhos contrariou o seu partido, o Progressistas, para apoiar Jerônimo na disputa pelo Palácio de Ondina. Entre os nomes, três até agora, Marquinhos foi questionado pelo Blog do Marcos Frahm sobre o que vale, de fato, na disputa, o estatuto, cujas cláusulas são questionadas pelo prefeito eleito de Maracás, interferência do Governo, ou apoio dos prefeitos e ele endossa o discurso de Jerônimo, que durante visita ao município de Nova Itarana, no último dia (07), pediu a unidade da base.”Para ser sincero, pra mim, o estatuto hoje é o que menos importa. Eu acho que, antes de tudo, a gente tem que construir, buscar unidade, isso que a gente viu o governador falar. Um consórcio dividido só enfraquece a nós mesmos, perde a credibilidade perante ao Governo”, disse o gestor de Lagedo, que se mantém candidato, mas revela que dialoga com Sampaio.
Consciente da influência dos concorrentes, Senna afirma que é importante a busca da unidade e não da vaidade. ”Eu sei que, por mais que outros candidatos tenham apoio por parte do governo, que se coloca que tem esse apoio, o próprio governador falou que quer unidade. A gente buscar não vaidade, mas o fortalecimento do nosso consórcio” A assembleia-geral do Consórcio, que vai definir a chapa para o comando da entidade pelos próximos dois anos está marcada para o dia (10) de janeiro, na sede do CONVALE, em Maracás. Jerônimo sugere que os prefeitos se entendam e evitem o bate-chapa.
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