Após dias de tensão e muita agonia, a prefeita de Jequié, Tânia Britto (PP), só tem a comemorar. É que o processo de impeachment contra a gestora foi arquivado pela Câmara Municipal, em sessão desta quinta-feira (17/12), quando o presidente da Casa, Eliezer Pereira Filho (PDT) agiu por seguir o parecer elaborado pelo procurador da Câmara, Augusto César Ribeiro, que considerou inconsistentes as alegações do pedido de afastamento da Dra. Tânia. Na sessão em que o líder do Legislativo jequieense determinou o arquivamento do Projeto de Decreto Legislativo, subscrito por vereadores da bancada da oposição, que pedia o afastamento temporário do cargo, servidores públicos, inclusive os detentores de cargos de confiança na atual administração pública municipal lotaram o plenário como forma de pressionar os parlamentares a não mais se posicionarem contra Tânia no polêmico processo. Antes da sessão, nos meios políticos de Jequié, as conversações já apontavam para pizza, e não impeachment. Comenta-se que, Tânia, através de seus articuladores, inclusive o seu ex-marido e deputado federal Roberto Britto (PP), vinha se mobilizando intensamente, objetivando abertura de diálogo com vereadores para evitar o impeachment. No início da semana, Tânia promoveu mudanças no primeiro escalão municipal e nomeou para o cargo de Controladora Geral, Edneide Matos Lopes, irmã da vereadora Meire Lopes (PDT), parlamentar que também teria acatado o pedido de impeachment contra a gestora pepista. A irmã da vereadora retornará ao cargo pelo qual já respondeu no primeiro ano da atual gestão pública municipal de Jequié. Edneide substitui o advogado Daniel Quadros Nogueira, que deixa o cargo de Controlador Geral, para assumir a secretaria de Relações Institucionais e Comunicação Social, sem titular desde a exoneração do médico Jacobson Leite Britto, filho da prefeita. A nomeação de Edneide já teria dado mostras de que Dra. Tânia venceria a batalha ao ser reaproximar de vereadores. Apesar da vitória, a prefeita não tem mais maioria na Casa. Foi criado novo bloco de oposição, composto por 10 dos 19 vereadores que compõem a atual Legislatura na Câmara Municipal, incluindo governistas que se. Há quem diga que, diante repercussão do processo de impeachment, que resultou por criar falsas expectativas com o arquivamento, por parte da Câmara, ninguém merece elogios.
*Por Marcos Frahm
