ACM Neto confirma apoio a Rueda para presidência do União e aponta para ”enfrentamento interno” contra Luciano Bivar

A disputa pela presidência do União Brasil pode tomar contornos diferentes caso o atual presidente, deputado federal Luciano Bivar queira mais um mandato. Rival do grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, o pernambucano ainda não descartou a possibilidade, podendo gerar um ”enfrentamento interno”.

Ao Bahia Notícias, Neto indicou que já tem um nome para o pleito: o atual vice-presidente Antônio de Rueda. ”Não há hipótese de acordo entorno do nome do Luciano. Se ele insistir em ser candidato, teremos um enfrentamento interno”, revelou.

Segundo Neto, em novembro, ocorrerá uma reunião da executiva nacional para deliberar sobre a antecipação das eleições da sigla para o mês de fevereiro. O novo mandato da direção do partido terá a duração de quatro anos, terminando apenas em maio de 2028.

O edital convocando a comissão executiva do União Brasil foi publicado recentemente, marcando uma reunião para o dia 20 de novembro em Brasília. Embora a eleição ocorra de forma antecipada, o mandato de Bivar não será encurtado e só terminará mesmo em maio.

ACM Neto e Bivar têm disputado espaço interno desde as últimas eleições, principalmente pelo comando de alguns diretórios. Os estados do Amazonas, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Acre tiveram embates. Os entraves, inclusive, fizeram com que a senadora Soraya Thronicke (MS) saísse da sigla e migrasse ao Podemos após perder a presidência estadual.

UNIÃO FICA COMO?

Marcado por ter integrantes diretos, onde ao mesmo tempo em que dá guarida a opositores do governo Lula, como o casal Sergio e Rosângela Moro, a legenda integra o governo do atual presidente. O partido está a frente das pastas das Comunicações, do Turismo e, de forma indireta, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, nas mãos de Waldez Góes, que, embora do PDT, foi indicado por Davi Alcolumbre, um dos caciques da agremiação.

Existe então uma expectativa interna para que a legenda esteja alocada de forma mais ”central”. Mesmo com integrantes na gestão, a chegada de Rueda pode colocar o partido sem tantos “dedos” na atual gestão, facilitando a crítica ao atual governo.