O coordenador da Polícia Civil da região, Dr. Fabiano Aurich, titular da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior – Coorpin de Jequié, demonstrou revolta diante da frieza dos criminosos que assassinaram o policial Dilton Carlos. ”Como Dilton era um policial excepcional, que combatia os marginais, e isso é comprovado aí no velório, com a comoção da comunidade, eles (criminosos), decidiram que ceifar a vida de Dilton seria o caminho para se fortalecerem”. O delegado afirmou que as investigações avançam e que o caso não ficará impune. ”Nenhum policial vitimado pela violência ficou sem resposta, e o caso de Dilton vai ter resposta. Vamos meter eles na cadeia”. Aurich revelou que a polícia já tem pista dos autores e motivação do crime, mas afirma que o momento não é propício para detalhar o andamento das investigações. ”O mais importante é que já descobrimos quem seria o mandante, a motivação e quem participou”, ressaltou a autoridade policial em entrevista ao Blog Marcos Frahm, quando participava do sepultamento do colega. Quando questionado se os criminosos são da cidade, ou de fora, Fabiano Aurich disse que não poderia revelar agora e que, a Secretaria Estadual de Segurança –SSP, acompanha o processo investigatório.
De acordo com o delegado, a morte do policial poderá provocar mudanças na segurança pública em Jaguaquara. ”Estamos nos comunicando com Salvador, com a direção da Polícia Civil, inclusive com o próprio delegado geral, que estar ciente de toda a situação e na próxima semana haverá uma reunião em Salvador, para tratar sobre a segurança em Jaguaquara”, afirma. Uma moto supostamente usada pelos atiradores foi encontrada incendiada na manhã desta sexta, num matagal, próximo a BA-545, estrada que dar acesso a zona rural. O agente Dilton Carlos estava em seu carro particular, e teria acabado de sair da Delegacia, após cumprir expediente na unidade prisional. Ele foi surpreendido dentro do automóvel CrossFox de cor preta, na Praça Guilherme Silva, depois de ter saído do Supermercado O Pioneiro, onde teria feito compras. Dois indivíduos a bordo de uma moto Honda Twister de cor amarela, placa não anotada, conforme testemunhas, teriam se aproximado por volta das 18h e feito os disparos que acertaram o policial. Baleado, Dilton ainda conduziu o veículo ao Hospital Municipal, em busca de socorro médico e, sua transferência para Jequié, ocorreu depois de um longo período, cerca de uma hora, numa ambulância do Samu. Em meio ao trajeto, na BR-116, no trecho da Reta da Coalhada, quando a equipe tentava realizar a transferência para uma unidade móvel avançada do HGPV, Dilton Carlos faleceu.