Pré-candidato à Prefeitura de Jequié, o deputado estadual Zé Cocá (PP) mantém a indefinição em torno do nome do seu futuro companheiro de chapa nas eleições 2020. O favoritismo de Cocá e o apoio espontâneo do eleitor nas ruas, que mesmo antes do processo eleitoral manifesta simpatia pela candidatura do ex-prefeito do pequeno e vizinho município de Lafaiete Coutinho tornaram extremamente cobiçada a vaga de vice e lhe trouxera novos apoiadores .
Nos meios políticos, rumores apontam para uma aliança entre o PP com o PT, que indicaria, com anuência da primeira-dama do Estado, Aline Fernanda Peixoto, o nome da enfermeira Polliana Leandro, que deixou o cargo de Diretora do Hospital Prado Valadares para ingressar na política, tendo sido filiada recentemente ao Partido dos Trabalhadores.
Outras possibilidades em pauta seriam os nomes de Emanuel Campos – Tinho, do PV, atual presidente da Câmara, que tem sido observado em aparições públicas com Cocá, do vice-prefeito Hassan Youssef, que filiou-se no Podemos depois de ruptura política com o prefeito Sérgio da Gameleira (PSB), ou eventual indicação do Democratas, por intermédio do líder do partido na cidade, o deputado federal Leur Lomanto Jr.
Zé no entanto garante que a prioridade é esperar águas que ainda irão passar por debaixo da ponte. Em entrevista exclusiva ao Blog Marcos Frahm, na noite desta terça-feira (11), ele admite as possibilidades cogitadas, mas prega cautela: ”Marcos, a gente tem debatido muito isso. Hassan, o vice atual, é um cara que eu tenho uma parceria e o considero não como político, mas como amigo. O presidente da Câmara, Tinho, é um excepcional nome, menino bom. Temos uma discussão com o DEM, discussão importantíssima com o PT, que tem interesse em debater a questão da vice e a primeira-dama Aline te feito um trabalho incondicional em Jequié e nós vamos ouvir ela, saber o que ela acha que pode colaborar com o nosso projeto para o município e conversar também com o presidente do partido, pois tem lá um debate interno. O vice tem que ser definido por consenso e eu penso que o importante não é ser apenas o melhor nome político, mas que possa agregar e que tenha musculatura para entrar na chapa”.
Apesar dos já citados, ele também reconhece que há outros nomes, que não foram mencionados: ”Nós temos cinco ou seis nomes bons aí, mas vamos discutir juntos para que isso seja resolvido até setembro”.
Questionado sobre sua peregrinação em municípios da microrregião, nas cidades onde foi votado como deputado, e se o envolvimento em pré-candidaturas de aliados não atrapalharia o foco do projeto em Jequié, Cocá alega que trata-se de gratidão e admite que, mesmo na campanha, tentará se desdobrar para participar da disputa na Cidade Sol e nas suas bases, mesmo sabendo que, se eleito for, será cobrado por atenção a Jequié: ”Eu não posso ser ingrato com as pessoas que me apoiaram. Eu aprendi a dividir o tempo e para Jequié crescer a região precisa crescer junto”, justificou.