O presidente da Câmara de Vereadores de Jaguaquara, Raimundo Louzado, ao fazer balanço de sua gestão à frente do Poder Legislativo, em entrevista à Rádio Povo FM, na segunda-feira (23/12) pediu bom senso do ex-prefeito Ademir Moreira, em relação à sucessão municipal de 2020.
Argumenta que a insistência do ex-prefeito em dizer que disputará a prefeitura no próximo ano, pode trazer prejuízos para o campo das oposições ao prefeito Giuliano Martinelli (PP), que deverá lançar a secretária de Desenvolvimento Social, Edione Agostine, para lhe representar na disputa.
”É preciso que haja bom senso”, recomenda o vereador que reconhece a força política do ex-prefeito, que ainda luta na justiça o direito de concorrer. ”Se ele lançar a sua pré-candidatura, ele vai tocar a candidatura dele e eu vou tocar a minha, assim como os outros pré-candidatos. Contudo, acredito que chegou a nossa vez de apresentar à sociedade um jeito novo de governar”. Louzado defende a soma de esforços, pois, ”somando as forças dessas lideranças políticas criaremos condições de formar um projeto em benefício da população”, disse o presidente da Câmara, que ainda cogita a possibilidade de união com outros nomes que estão sendo cogitados no campo das oposições como Flávio Souza, Vavá da Padaria e Pedrinho.
Raimundo Louzado lembrou ainda ter iniciado sua trajetória política com Ademir em 2000, com quem mantém uma relação de amizade e política.
Questionado pelo radialista Dilson Piropo sobre possibilidade de voltar às pazes com o prefeito Giuliano, de quem já foi vice, Raimundo Louzado afirmou que isso está descartado e relembrou o constrangimento que ele disse ter sido submetido quando Martinelli o ignorou no aniversário da cidade em maio deste ano, quando saudou o vereador Élio Boa Sorte (PP) como representante da Câmara no evento, sem lhe mencionar como presidente. ”No aniversário da cidade, em praça pública, uma data histórica, uma data marcante e, pela vaidade do cargo, o prefeito em cima do palanque me ignorou tentando me submeter o constrangimento e ali foi o estopim para cortar com ele todas as relações políticas. Você afasta as possibilidades quando você percebe que está sendo pisoteado, massacrado. Pela diplomacia, pela hierarquia ele deveria me cumprimentar”, desabafou. Raimundo disse acreditar na força do povo e assegurou que não irá recuar da decisão de disputar o Executivo.
Eleito pelo PR, partido que é controlado na cidade pela secreteária de Governo, a primeira-dama Geisa Martinelli, Louzado deve se filiar ao PSD de Otto Alencar no próximo ano, sob anuência do deputado federal Antônio Brito, que representa a sigla partidária na região.