”Nosso maior desafio é o fiscal”, afirma Nelson Barbosa ao assumir Ministério da Fazenda

Barborsa no Ministério da Fazenda. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda. Foto:Agência Brasil

Após assumir a pasta nesta sexta-feira (18/12), o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou, em discurso no Palácio do Planalto, que o maior desafio da economia brasileira é o fiscal, ou seja, as contas do governo. Barbosa foi anunciado como substituto de Joaquim Levy, que deixou a pasta depois que o governo decidiu reduzir a meta de superávit primário de 2016 para 0,5% do PIB. ”Hoje nosso maior desafio é o fiscal, cuja solução depende somente do governo brasileiro. Somente com a estabilidade fiscal vamos ter um crescimento sustentável”, disse o ministro. Barbosa também disse que o foco da política econômica do governo vai continuar sendo a de promover o ajuste fiscal. Para o ministro, neste primeiro momento, o foco é a estabilidade e, depois, a ”recuperação” dos investimentos no país. Depois de deixar o Ministério do Planejamento, ele disse que vai trabalhar para “melhorar o ambiente de negócios” e, assim, acelerar a retomada do crescimento econômico. “O compromisso com a estabilidade fiscal se mantém o mesmo. ”Mas isso [reequilíbrio fiscal] também depende do crescimento da economia. É importante melhorar o ambiente de negócio, o funcionamento da economia, com desburocratização, regulação e incentivos ao investimento privado”, completou. O ministro também afirmou que tem “plena confiança” que a economia brasileira pode reagir com rapidez e voltar a crescer, e que, como o governo vem fazendo a sua parte nesse sentido, todos também devem fazer. ”Se cada um fizer a sua parte, e nós do governo estamos fazendo a nossa parte, vamos conseguir superar os desafios muito mais rapidamente do que as pessoas esperam. Estamos numa fase de ajustes e construção das bases de um novo ciclo de cresciment”, declarou.

Meta de superávit

Sobre a meta de superávit para 2016, que é a economia para pagamento dos juros da dívida, e que foi um dos pontos que deixou Joaquim Levy descontente e motivou a sua saída da pasta, Barbosa disse que a questão já está definida. “Pra mim, essa é uma questão fechada, decidida. A meta é de 0,5% do PIB, R$ 24 bilhões para a União, e vamos tomar todas as medidas necessárias para atingir essa meta. Vamos perseguir essa meta”, declarou.