Para Lula, impeachment de Dilma não tem razão e nem motivo, se não ódio e preconceito

Luiz Inácio Lula. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Luiz Inácio Lula comenta impeachment. Foto:Agência Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (7/12), em evento organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) com movimentos sociais, líderes políticos e sindicais, em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff e contra o impeachment, que não há base jurídica e nem política para o impedimento da afilhada política e que esse movimento é baseado no ódio e no preconceito. Ao criticar a tentativa de impeachment, Lula disse que os opositores não querem tirar Dilma, mas sim o projeto de País que o PT construiu ao longo dos últimos anos. ”Foi este País que chegou ao poder que eles (oposição) querem tirar (do poder), não é a Dilma”, disse o ex-presidente, em discurso, emendando: ”Dilma é apenas a imagem pública que eles querem derrubar, eles querem outra coisa, querem derrubar nosso projeto de governar”. Em pronunciamento a uma plateia formada por aqueles que pretendem ir às ruas para defender o mandato da presidente, mas que também defendem mudanças na condução da política econômica, como os dirigentes sindicais, Lula pediu que a mobilização neste primeiro momento se concentre na defesa da continuidade do mandato de sua afilhada política. ”Não temos de ver o vagão onde estamos; temos primeiro de colocar o trem nos trilhos e depois ver o vagão onde queremos estar”, exemplificou. Na defesa de Dilma, Lula disse que não é possível permitir ”um golpe de Estado como o impeachment” apesar de considerar esse instrumento legítimo, quando, de acordo com eele, há razões que o justifiquem, o que o ex-presidente afirma acreditar não ser o caso nessa oportunidade. Lula cobrou do governo e dos aliados no Congresso que façam uma espécie de contabilidade de votos diária para assegurar maioria absoluta em todas as votações. ”Para não sermos pegos de surpresa”, justificou. Na defesa do legado petista no governo, o ex-presidente disse que o partido fez mais em 12 anos do que a oposição em um século. Estadão