O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta quinta-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. Após anunciar a denúncia contra Eduardo Cunha, a Procuradoria Geral da República informou que também protocolou no Supremo uma denúncia contra o senador Fernando Collor.  Na denúncia, de 85 páginas, o procurador-geral pede a condenação de Cunha, acusado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O presidente da Câmara é apontado como receptor de propina oriunda de contratos da Petrobras com fornecedores da estatal. O deputado nega ter recebido o dinheiro. Também é alvo de denúncia de Janot a ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), aliada de Cunha e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), por corrupção passiva. O STF terá agora de decidir se aceita ou não a denúncia. Se aceitar, os denunciados se torna réus e responderão a ações penais no Supremo – devido ao foro privilegiado decorrente da condição de parlamentar, Cunha não pode ser processado em outra instância da Justiça. Após o recebimento da denúncia, o ministro Teori Zavascki, relator dos inquéritos da Operação Lava Jato referentes a autoridades com foro privilegiado, notificará as defesas para apresentação de respostas por escrito. Depois da apresentação das respostas, o processo volta para que o Ministério Público dê um parecer. O ministro fará então um relatório e levará o caso ao plenário, que decidirá pela abertura ou não de ação penal – não há prazo para isso. G1

Na última reunião de prefeitos que integram o Consórcio Intermunicipal do Vale do Jiquiriçá –CVJ, ocorrida na Câmara Municipal de Lajedo do Tabocal, na sexta-feira (14/8), foi unânime a lamentação dos gestores sobre crise econômica. Prefeitos reclamaram da não transferências de recursos federais para conclusão de obras e enfatizaram queda no Fundo de Participação dos Municípios – FPM, além de terem debatido a extinção do DERBA – Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia, órgão que possuía sede em Jequié, no Médio Rio de Contas e era responsável pela manutenção e recuperação de rodovias estaduais que cortam os municípios da região. O prefeito de Santa Inês, por exemplo, disse não ter sido fácil para os gestores enfrentar a crise e ter que tocar a administração mantendo projetos federais sem recursos e afirmou que, apesar das dificuldades, tem procurado driblar a crise, com medidas de redução de gastos, para não deixar ocorrer atraso no pagamento dos servidores, o que segundo Zé Afrânio (PCdoB), é uma realidade em diversos municípios. O gestor ainda disse que falta estímulo para os prefeitos tentar à reeleição, diante das dificuldades lamentadas, mas que se decidir pela candidatura a sua reeleição, será para não ver a cidade novamente nas mãos dos sanguessugas. Nas entrelinhas, quando usou o termo ”sanguessugas”, Afrânio, sem citar nomes, deu mostras de quem quis fazer referência aos ex-prefeitos de Santa Inês. ”Se eu me lançar candidato novamente, será para não deixar a cidade na contramão, para não deixa o povo voltar a sofrer, nas mãos de uns sanguessugas, que sugaram os cofres públicos, deixam os funcionários sem receber salários, passando fome, e depois foram morar em outra cidade. Hoje, apesar de tudo, dos problemas financeiros que Santa Inês também enfrenta, nossa gestão tem honrado com os compromissos”, alfineta. Em Santa Inês, antigos adversários, os ex-prefeitos Romildo Alcântara e Wilson Moura selaram a paz e se articulam para enfrentar Afrânio na sucessão municipal. Mas o atual mandatário local não explicitou se o recado era direcionado aos ex-gestores.