Da prefeitura de Jitaúna para à Assembleia: Patrick eleito deputado após renunciar ao cargo de prefeito

Patrick durante renúncia ao cargo de prefeito. Foto: BMFrahm

Eleições sempre reservam surpresas. Neste ano, entre tantas, no Médio Rio de Contas, uma ficou por conta de um nome: Patrick Lopes. Aos 40 anos, Patrick foi eleito deputado estadual após topar um desafio, que foi o de renunciar ao cargo de prefeito reeleito de sua terra natal, Jitaúna, cidade vizinha à Jequié, passando o bastão para o vice-prefeito eleito em 2020, Marcelo Pecorelli (PP).

Além disso, ele contrariou o líder do seu partido, João Leão, do Progressista, que teria declarado ruptura com o governador Rui Costa (PT) para apoiar o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, candidato a governador pela União Brasil.

Patrick ingressou no Avante, com anuência de Rui, numa investida contra o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), este que era o padrinho – político do então prefeito de Jitaúna, mas optou pelo apoio ao ex-secretário de Governo de Jequié, Hassan Iosseff (PP), que foi lançado candidato a estadual com o seu apoio e inclusive eleito no último domingo com mais de 60 mil votos, conquistando 26 mil em Jequié.

Do ponto de vista partidário, a candidatura de Patrick era vista como duvidosa pelos adversários, por ter trocado o PP de Leão pelo Avante de Isidório, sob forte influência de Rui Costa e da primeira-dama do Estado, Aline Peixoto, que costuraram apoio de prefeitos e outras lideranças para sustentação ao projeto do novo afilhado depois da ruptura com Zé Cocá. Mas foi lá, no Avante, que Lopes avançou e conquistou uma das 63 vagas da Assembleia Legislativa da Bahia, com 35.607 votos conquistados, destes, 5.605 em sua terra natal, Jitaúna, e 4.976 em Jequié, sendo o único eleito da legenda no Estado. *por Marcos Frahm