”No mínimo a gente estranha”, diz Jaques Wagner sobre possível uso político de investigação

Wagner comenta sobre investigação. Foto: Rodrigo Aguiar

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, comentou sobre o eventual uso político da investigação que apura o pagamento de propina no valor de R$ 82 milhões para ele. Em entrevista à imprensa na tarde desta segunda-feira (26), em Salvador, ele disse estranhar o contexto pelo fato dele já ser considerado como um ”plano B” para o PT caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido de disputar a eleição deste ano. ”No mínimo a gente estranha, porque tem cinco anos de investigação”, comentou Wagner. ”E quando a gente chega no ano eleitoral, efetivamente eu sou citado como plano B. O [Fernando] Haddad é citado como plano B e também foi contra ele aberto um inquérito. Prefiro que as coisas se esclareçam para a gente se defender”, disse o secretário. O titular da SDE foi alvo de mandados de busca e apreensão como parte da Operação Cartão Vermelho. Uma equipe da Polícia Federal cumpriu um deles na residência de Wagner, localizado no Corredor da Vitória. Wagner também ironizou a participação na investigação de delatores que já estariam ”na Suíça passeando de ski, então falam o que quiser”.  Ele lembrou ainda que Odebrecht e OAS, empresas vencedoras da PPP da Fonte Nova, não ganharam outras concorrências promovidas pelo governo do estado que renderiam um montante ainda maior. ”Se o que o delator fala serve para me acusar, eu também tenho o direto de pedir a ela que pergunte: por que eles saíram da questão do metrô? Quem ganhou foi outra empresa. Quando eles não ganham, não serve como prova de inocência. Quando eles ganham, serve como prova para me incriminar”, disse. À imprensa, Wagner também garantiu não ter recebido propina como parte da PPP da Fonte Nova. Com informações do Bahia Notícias