O governador Jaques Wagner ameniza o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pela prisão de seus correligionários Delúbio Soares, José Dirceu e José Genoino em decorrência do julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão, sobre o posicionamento do PT de que o processo de deu com viés político-partidário. Mas para o comandante do Executivo baiano, contudo, o fato de o julgamento ter sido “diferente dos outros”, por ter sido televisionado, por exemplo, acabou motivando os ministros a ouvir o “clamor popular”. “A gente está vivendo em uma democracia e tudo na vida é política, ainda mais envolvendo militantes de um partido. A própria forma como o julgamento foi feito, aberto, diferente de outros. É evidente que virou de clamor popular. Não estou dizendo que a cabeça de cada julgador tem um viés político, mas é evidente que todo mundo que vive nessa sociedade tem política“. Apesar da cautela com o STF, Jaques Wagner defende os correligionários e diz que eles não oferecem perigo à sociedade. “A decisão, na verdade, não está completa porque ainda falta decidir sobre os embargos infringentes, mas vamos aguardar. Eu sou suspeito para falar porque conheço cada um deles e não acho que nenhum deles seja uma ameaça para a sociedade. Mas tem coisas que foram identificadas e houve essa a condenação”, disse o governador da Bahia em entrevista ao site Bocão News.
