Em conversa com rodoviários da CSN reunidos na Praça Municipal, nesta segunda-feira (16), o prefeito Bruno Reis (UB) reafirmou o empenho de sua administração para solucionar o impasse entre a empresa e os 800 trabalhadores demitidos. Na ocasião, ele pediu parcimônia da categoria.
”Vocês não podem penalizar a cidade, como vocês fecharam quinta-feira (12). Já está resolvido, não há mais o que o prefeito fazer”, declarou o gestor municipal, segundo o qual a prefeitura tentou contratar outra empresa para operar as linhas e manter os empregos, mas que nenhuma teve interesse.
Bruno afirmou ainda que o terreno empenhado pela CSN para garantir a indenização dos funcionários tinha problemas, que foram contornados por sua gestão. ”O terreno valia R$ 12 milhões e devia R$ 18 milhões. Sabe o que o prefeito fez? Praticamente obrigou a MRV a comprar por R$ 20 milhões. O débito que era de R$ 18 milhões, eu praticamente obriguei o Bradesco receber R$ 8 milhões. Então, o terreno está sendo vendido por R$ 20 milhões, R$ 8 milhões vai pagar ao banco e R$ 12 milhões vai ser pra indenizar vocês”, disse o prefeito, afirmando ainda ter intercedido também para que a Delegacia Regional do Trabalho pagasse o Seguro Desemprego aos rodoviários.
Depois de apontar as medidas tomadas por sua gestão, Bruno Reis pediu paciência aos trabalhadores. ”Quem compra terreno sabe que compra parcelado. Eles [a MRV] queriam comprar em 24 parcelas, eu sabia que vocês não podiam esperar, e obriguei a comprar à vista. Só que aí, gente, tem que esperar dois meses, porque tem que passar escritura, tem que tirar certidões do terreno, tem a parte burocrática e aí independe do prefeito. São os trâmites legais”, argumentou.
Representante da categoria, Jutahy Andrade prometeu suspender protestos, mas deu um prazo de 60 dias para a indenização ser regularizada. ”Manifestações serão suspensas provisoriamente no prazo de 60 dias, até completar o prazo que o prefeito deu aqui em palavra para resolver a nossa situação e homologar os 800 funcionários que se encontram de fora da antiga CSN. Caso contrário, vamos reagir”, disse ele. ”Não é do nosso interesse trazer esse transtorno para a população baiana, mas infelizmente é a única maneira que nós encontramos para defender o nosso interesse”, pontuou, referindo-se ao protesto realizado na semana passada. Com informações do bahia.ba