Vale do Jiquiriçá: BR-420 continua em situação crítica e prefeito condena serviços prestados por empresa

Obras no trecho de Santa Inês em ritmo lento. Fotos: Marcos Frahm

Rodovia BR-420, estrada federal que interliga a BR-116 – Entroncamento de Jaguaquara a BR-101 – Entroncamento de Laje ainda apresenta problemas em vários trechos, como crateras que dificultam a trafegabilidade de veículos.

Antes, a estrada era de responsabilidade do Governo do Estado e há quem diga que a sua conservação era mais eficaz. Há alguns anos sob a gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a pista com sua pavimentação desgastada, com trincas, remendos, afundamentos, buracos e totalmente destruída em um trecho que compreende o município de Santa Inês gera muitos desafios de logística e transporte para os moradores do Vale do Jiquiriçá.

Em toda a sua extensão, a BR-420 apresenta problemas na infraestrutura, mas o trecho de Santa Inês é considerado o pior para a trafegabilidade, apesar dos remendos que estão sendo feitos na área que compreende o município nos últimos dias, através de uma empresa contratada pelo órgão federal.

Os usuários reclamam da qualidade dos serviços, em ritmo lento, de recuperação, ou seja, os remendos feitos por uma empresa que representa o órgão federal, com sede em Cruz das Almas.

A péssima situação da rodovia pesa no bolso dos usuários, que lamentam os prejuízos sofridos com seus veículos e as reclamações vem até de estudantes, que não escondem os riscos de acidentes diante da precariedade da via.

Em entrevista a uma rádio comunitária de Jaguaquara, Jaguar FM, na sexta-feira (6/1), o prefeito de Santa Inês, Emérson Eloi (PT) condenou os serviços prestados pela empresa responsável pela manutenção da BR-420. ”O nosso contato com o DNIT tem sido quase frequente, porque confesso que não consigo compreender como uma empresa ganha um contrato para dar manutenção a uma BR e a empresa tem tapado buracos na ideia de que deopois vai fazer o recapeamento. Diga-se de passagem, é um trabalho extremamente mal feito. Nesse meio, de Itaquara até a Ubaíra, a situação está bem crítica e eu me recordo bastante que, na primeira manutenção desde que nós estamos na gestão, foi feita uma manutenção nesse perímetro de Santa Inês a Itaquara, ou seja, mais precária e agora apresentam-se os resultados. A quantidade de ofícios que nós enviamos ao DNIT é muito grande, mas eu percebo que o DNIT ficou por muito tempo de mãos atadas, sem assistência do governo federal”, disse o prefeito, tendo revelado que já fez novas solitiações de melhorias dos serviços ao órgão na nova gestão federal, com o novo Governo Lula, que se inicou no último dia (1) de janeiro. Em um trecho de Lagoa Queimada, em pepríodos chuvosos os veículos encontram sérias dificuldades para o tráfego.

No local, povoado de Lagoa Queimada, manilhas foram colocadas as margens da estrada e devem ser utilizadas para intervenções que visam facilitar o escoamento de águas pluviais na área. A situação da rodovia preocupa inclusive pessoas que se preparam para prestigiar os festejos da Padroeira de Santa Inês, evento tradicional batizado pela Prefeitura como ”Festival de Cultura”, interrompido em razão da pandemia da Covid e que voltará a ser realizado entre os dias 13 e 21 deste mês, com shows gratuitos de artistas renomados em praça pública, o que gera o aumento significativo do fluxo de veículos na via. *por Marcos Frahm