Tragédia em Minas Gerais: Prefeito de Mariana diz que ”é preciso reconstruir o que foi perdido”

Prefeito de Mariana, Duarte Júnior. Foto: Luiz Costa/Hoje em Dia
Prefeito de Mariana, Duarte Jr. Foto: Luiz Costa/Hoje em Dia

Após duas barragens de rejeitos de mineração se romperem em Mariana (MG), o prefeito Duarte Júnior disse que defender o fim da mineração no município é “fechar as portas” da cidade. ”Dizer que não pode mais haver mineração é afirmar que serviços básicos terão de ser parados e que 4 mil pessoas vão perder seus empregos”,  comentou Duarte Júnior em entrevista à Agência Brasil. “A mineração representa 80% da nossa arrecadação. A gente tem a preocupação, para não haver um colapso total da cidade. Tenho que ser realista e dizer que a nossa cidade não trabalhou na diversificação econômica”, acrescentou. No último dia (5/11), duas barragens da mineradora Samarco – empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton – se romperam, formando uma onda de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e chegou a outras regiões de Minas Gerais e do Espírito Santo. Até agora, sete corpos foram identificados, quatro aguardam identificação e 15 pessoas permanecem desaparecidas. Mais de 600 ficaram desabrigadas e o prejuízo calculado até agora é de R$ 100 milhões. Para o prefeito, contudo, a multa aplicada pelo governo federal à Samarco, de pelo menos R$ 250 milhões, não vai ajudar as famílias atingidas e nem a reconstrução das áreas destruídas. ”É preciso que se crie um fundo, de R$ 500 milhões, R$ 1 bilhão, para reconstruir o que foi perdido, reconstruir a vida das pessoas”, defendeu.