TCE identifica problemas na distribuição de vacinas contra Covid-19 na Bahia; entenda

Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) identificou diversas falhas no processo logístico da campanha de vacinação contra a Covid-19. A lista inclui adversidades que vão desde a falta de veículos suficientes a problemas de armazenamento que podem comprometer a integridade das doses.

O relatório ao qual o Bahia Notícias teve acesso menciona situações constatadas logo após a chegada dos lotes dos imunizantes ao Aeroporto de Salvador. O período analisado foi o de janeiro a julho de 2021.

Encaminhadas para a Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (CEADI) e depois para as Centrais Regionais de Rede de Frio, as vacinas estariam sendo submetidas a estruturas físicas com deficiências.

De acordo com o TCE-BA, os próprios equipamentos que preservam as vacinas estariam sem manutenção, assim como as edificações em questão. Os pontos citados seriam, segundo o Tribunal, motivos que acarretam ”riscos e insegurança aos funcionários e ao armazenamento dos imunobiológicos”.

Outras vacinas, além da usada para imunizar contra o vírus, estariam sob o mesmo risco, uma vez que os locais vistoriados e a estrutura, administrados por órgãos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), são os mesmos.

Um plano de contingência, aplicado no caso de intercorrências no processo de estocagem, como falhas no fornecimento de energia, desastres naturais e outras emergências, também não foi encontrado. A ausência dessa estratégia, aponta o documento, evitaria ”condições de riscos e eventuais perdas”.

Para o transporte das doses aos municípios baianos a Sesab não estaria ofertando uma frota de veículos suficiente. Equipamentos que registram dados não estariam sendo utilizados e o número de servidores lotados na CEADI e nas Centrais Regionais de Rede de Frio de Cruz das Almas, Feira de Santana e Gandu estava abaixo do necessário.

Os auditores do Tribunal de Contas do Estado da Bahia também encontraram “impropriedades” dos indicadores divulgados pela secretaria quanto à cobertura vacinal. Leia mais no Bahia Notícias