Senado aprova nesta manhã abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff

Senadores varam a madrugada. Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Senadores varam a madrugada no Senado. Foto: Jonas Pereira

Por 55 votos a 22, o Senado decidiu, às 6h34 horas desta quinta-feira (12/5) abrir processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, por entender que há indícios suficientes de que ela cometeu crime de responsabilidade, infringindo a Constituição Federal e a lei 1079/1950. Na manhã desta quinta-feira (12), o primeiro secretário do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO), levará ao Palácio do Planalto a notificação da decisão do Senado. A própria Dilma Rousseff deverá receber o documento. Levará também uma notificação comunicando ao vice-presidente Michel Temer que ele é o governante em exercício. Assim, Dilma se afasta do cargo por um prazo máximo de 180 dias, período em que os senadores concluirão esse processo e decidirão se efetivamente ela cometeu crime de responsabilidade. Michel Temer deve assumir ainda hoje a Presidência da República. Dilma Rousseff manterá direitos, como residência no Palácio da Alvorada, salário integral e uma equipe de funcionários para auxiliá-la. Durou 20 horas e 34 minutos a sessão deliberativa extraordinária que resultou na admissibilidade desse processo de impeachment. Abrindo os trabalhos às 10h, a primeira providência do presidente do Senado, Renan Calheiros, foi pedir ”serenidade e espírito público” do Plenário, lembrando que aquele era um momento histórico, que devia estar acima de paixões partidárias. ”Tentem deixar de lado disputas regionais ou partidárias. Evitem votar movidos por passionalidades oriundas dos momentos pretéritos ou presentes ou por mera motivação partidária. A questão que se coloca é uma só: existem indícios de cometimento de crime de responsabilidade pela senhora presidente da República no ano de 2015 que justifiquem abertura de processo com seu consequente afastamento?”, ponderou Renan. Durante a sessão, cada senador teve até 15 minutos para usar a tribuna, a maioria justificando seu voto com argumentos concernentes à situação econômica enfrentada pelo país. Relator do parecer oriundo da Comissão Especial do Impeachment, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) explicou, às 5h45, que este processo de impedimento do governante não decorre de crime natureza penal. Leia na íntegra