Secretário de Saúde da capital baiana, Léo Prates pede desfiliação ao DEM por discriminação política

Léo Prates deixa o DEM de ACM. Foto: Foto: Reginaldo Ipê/CMS

Com filiação dada como certa no PDT com vistas nas eleições de Salvador em 2020, o secretário de Saúde da capital baiana, Leo Prates, oficializou pedido de desfiliação do DEM ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) por justa causa, sem consequências ao seu mandato de deputado estadual.

A justificativa de Prates, aliado de primeira hora do prefeito ACM Neto, presidente nacional do DEM, é que ”há dois anos vem sendo constantemente retaliado pelos filiados e membros do diretório do partido Democratas, na medida que estes contrapõem e repreendem todos os posicionamentos e falas do requerente que são veiculadas nos meios de comunicação e apresentadas perante o partido”.

O integrante do time de Neto, além de citar os nomes dos seus ‘algozes’ [o presidente da legenda na Bahia, deputado federal Paulo Azi, o vereador de Salvador Alexandre Aleluia e o ex-presidente municipal do partido, Heraldo Eduardo Rocha], reforçou ainda que seus posicionamentos nunca foram de encontro aos ideais pregados pela sigla.

”O que reforça a tese de pura e simples perseguição/discriminação pessoal”, aponta em sua defesa. O diretório municipal da sigla, por exemplo, teria enviado para ele uma notificação por conta de um tweet postado em junho de 2019.

O diretório estadual do partido tem o prazo de 5 dias para responder ao pedido nos autos. O gestor soteropolitano e líder do DEM, no entanto, sempre que questionado sobre a aproximação de Prates com o PDT, não negava ver com naturalidade e já chegou a se sentar à mesa com os líderes pedetistas.

O cacique Ciro Gomes chegou a declarar em entrevista recente que teria feito um acordo com Neto pelo pleito em Salvador, onde o PDT encabeçaria a chapa e o DEM indicaria o vice.

*Por Fernanda Chagas