Saúde: Bahia terá em 2017 fábrica de medicamentos para Anemia Falciforme

No Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme, celebrado ontem quinta-feira (27/10), a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) divulgou uma notícia para os portadores da doença, de que terá  início em 2017, no município de Vitória da Conquista, a construção da fábrica de medicamentos para o tratamento de tumores (tamoxifeno e capecitabina) e da doença falciforme (hidroxiuréia). De acordo com o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, a produção dos medicamentos começa em 2018 e atenderá a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o País. ”Atualmente, temos um problema de desabastecimento nacional e o único laboratório produtor, que é estrangeiro, informa que a importação do medicamento da Europa sofre oscilações em virtude da falta de matéria-prima. E nesse sentido, não podemos deixar de atender os cerca de 30 mil baianos que têm anemia falciforme”, afirma o secretário. A implantação da subsidiária da Bahiafarma no interior baiano é a solução definitiva para regularizar o fornecimento da hidroxiuréia no Brasil e o projeto foi desenhado em parceria com o laboratório Cristália. De acordo com o diretor-presidente do laboratório baiano, Ronaldo Dias, também está prevista a exportação desses medicamentos para a América Latina e estima-se que sejam criados 300 postos de trabalho diretos na unidade. ”Além de representar a ampliação dessa indústria no Estado, a produção desses medicamentos vai significar, para o SUS, sensível redução de custos para sua aquisição”, ressalta Ronaldo Dias. De acordo com o executivo, a hidroxiureia foi introduzida na lista de medicamentos estratégicos na ultima reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), o que o coloca como potencial participante do sistema de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) – acordos de transferência de tecnologia entre laboratórios privados e públicos – e o qualifica para compra centralizada por parte do Ministério da Saúde. A Bahiafarma pleiteia que os outros dois medicamentos passem a integrar a lista de medicamentos estratégicos.