Mesa-diretora conduz sessão quente. Fotos: Blog Marcos Frahm
O plenário da Câmara Municipal de Santa Inês aprovou, em sessão realizada na noite desta sexta-feira (23), por seis votos contra dois, o parecer da Comissão de Finanças e Orçamento, favorável à rejeição das contas da Prefeitura, relativas ao exercício administrativo de 2012, sob responsabilidade do ex-prefeito Romildo Andrade de Alcântara (PMDB). A sessão transcorreu em clima de tensão com sucessivas intervenções da galeria, desfavoráveis ao ex-chefe do Executivo. ‘’Queremos o nosso salário, quem trabalha tem que receber’’, frase pronunciada por populares que ocupavam as galerias da casa, na maioria deles servidores públicos municipais que ficaram sem receber seus proventos nos últimos três meses da gestão de Romildo, que deixou a máquina pública endividada. Os funcionários do município portavam faixas e cartazes cobrando um posicionamento firme dos vereadores quanto ao julgamento das contas.
Vereadores votam em meio a manifestação de servidores públicos
A decisão da Câmara Municipal foi contrária ao parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que foi favorável à aprovação das contas, mas com ressalva. Votaram favoráveis ao parecer da Comissão de Finanças, os vereadores José Antônio Santos (PCdoB), atual presidente da Casa, Nei dos Santos (PRB), Anerildo da Silva (PT), Agnelo Bispo (PCdoB), Edvaldo Barros (PDT) e Wagner Gonçalves (PSD). 
Plenário fica lotado em sessão histórica na Câmara de Santa Inês
Os dois vereadores que optaram pela aprovação das contas foram Antônio Pascoal, filiado ao mesmo partido do ex-gestor, PMDB, e Dilton França (PSD), tendo justificado França que não votaria forçado, e por isso estaria provando a decisão do TCM. Já a vereadora Rosely França, não deu as caras na Câmara e se ausentou da sessão histórica.
Portando cartazes, populares cobram posicionamento de vereadores
Os vereadores que reprovaram as contas do ex-prefeito Romildo Andrade, disseram que o posicionamento seria o mesmo, caso os erros de ordem administrativa fossem cometidos por outro gestor qualquer, tendo afirmado que não poderiam comungar com erros que prejudicaram os trabalhadores, que padeceram no fim da gestão passada, sem receber a contrapartida do suor derramado. ‘’Nós somos representantes do povo e não podemos tolerar certas ilegalidades, bradou Nei dos Santos o ‘’Nei Nobre’’. A votação atende ao regimento interno da Casa e ocorre em dois turnos; na próxima sexta-feira (30), os edis voltarão a julgar as contas. Para se livrar da reprovação, e não ficar inelegível, o ex-mandatário terá que obter sete votos favoráveis.
