O governo endureceu as negociações com os parlamentares e proibiu concessões na reforma da Previdência. De acordo com o jornal O Globo, o presidente Michel Temer (PMDB) convocou os líderes da base aliada e ministros para uma reunião na sua residência, no fim da tarde deste domingo (23), e rejeitou o lobby de algumas categorias do serviço público, sobretudo aquelas com altos salários, que querem continuar a se aposentar mais cedo com integralidade (último salário da carreira) e paridade (reajustes salarias iguais ao do pessoal da ativa). O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, antecipou o retorno de Washington, onde estava para a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), e participou do encontro. A missão agora é enfrentar as resistências no voto e aprovar o texto negociado com o relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), que também participou da reunião com Temer. Pelo relatório fechado com o governo, quem ingressou no serviço público até 2003 terá de ficar mais tempo em atividade, até completar 65 anos (homem) e 62 anos (mulher) para receber os dois benefícios. A obrigatoriedade valerá já a partir da aprovação da reforma.