Queiroz recebeu R$ 2 milhões de assessores de Flávio em 483 depósitos, diz MP do Rio

Lojas de Flávio serviam para lavar dinheiro. Foto: Reprodução

Fabrício Queiroz recebeu R$ 2 milhões de outros 13 assessores do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), segundo dados das quebras de sigilo bancários obtidos pelo Ministério Público estadual.

Segundo informações juntadas pelos promotores no pedido de busca e apreensão feito à Justiça, foram 483 depósitos na conta bancária do ex-policial militar provenientes de outros subordinados ao ex-deputado e filho de Jair Bolsonaro.

De acordo com o jornal O Globo, trata-se do mais completo resumo das investigações sobre a prática de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual entre os anos de 2007 e 2018.

Segundo a publicação, os promotores afirmam que Flávio nomeava assessores orientados a devolver parte de seus salários para o grupo; que o ex-policial militar Fabrício Queiroz fazia toda a operação de recolhimento da remuneração dos funcionários; e que a loja de chocolates de Flávio num shopping da Barra da Tijuca e negócios imobiliários do senador serviam para lavar o dinheiro.

Também aparecem como indícios que completam o esquema, segundo o MP, depósitos em dinheiro na conta da loja de chocolates de Flávio Bolsonaro e a “grande desproporção” de lucro obtidos entre o senador e seu sócio na loja, embora o contrato previsse 50% de cotas para cada um. O advogado de Flávio Bolsonaro nega as acusações.