Professores encerraram greve em Jequié, mas estudantes permanecem sem aulas

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Professores aprovaram fim da greve, mas escolas estão fechadas

No dia 28 de abril, os professores decidiram entrar em greve. As negociações entre a Prefeitura de Jequié e a APLB acumularam sucessivos fracassos. Como resultado, mais de 18 mil crianças e adolescentes sem aula. Até que uma proposta da Prefeitura foi aprovada pela categoria no dia 11/06/14. Foi noticiado que o acordo garante o cumprimento das reivindicações da APLB/Apromuje. Inclusive, tal acerto deve ser oficializado, em assembleia, nesta quarta-feira, 18. O passo seguinte será o encaminhamento do resultado desse encontro à prefeita Tânia Brito. Somente depois da assinatura desse acordo, os professores discutirão com a Secretaria de Educação a reposição das aulas. Até aí tudo bem entre Prefeitura e APLB. O mesmo não nós podemos dizer em relação aos alunos. Diante dessa demora toda, logo, essas 18 mil crianças e adolescentes vão completar 60 dias sem frequentar a sala de aula. São dois meses sem contato com os livros. De quem é a responsabilidade? Não é difícil entender. Garantir o estudo é responsabilidade do Estado, institucionalmente falando. Nesse caso, a Prefeitura representa a figura do Estado. A Prefeitura deveria ter agido com firmeza lá trás, em abril, ainda no começo, para evitar a greve. Já que não conseguiu, que, ao menos, agilizasse as negociações. Pelo andar da carruagem, escola funcionando mesmo somente lá para o dia 30 de junho ou primeiro de julho em diante, justamente dois meses depois. Nós estamos enfatizando o assunto, pela milésima vez, não somente com a preocupação com os prejuízos atuais, mas, principalmente, no sentido de se criar consciência da necessidade de se evitar problemas iguais no ano que vem. Chegamos a imaginar que 2014 seria diferente do ano passado, que também teve uma longa greve dos professores. Esse é um tipo de problema que atinge duramente os pobres. A classe média, as pessoas que ganham um salário melhor tem se virado e mesmo no sacrifício pagam escola particular para seus filhos. Os pobres, não. Estes não tem saída. Com a palavra a administração Tânia Brito/Sérgio da Gameleira. – Do Jequié e Região