Preso desde fevereiro, MPF defende libertação de Anderson Torres sob uso de tornozeleira eletrônica

O Ministério Público Federal (MPF) defendeu a revogação da prisão do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, junto ao Supremo Tribunal Federal. Ele está preso Torres está preso desde 14 de janeiro, em decorrência da investigação por suposta omissão nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. A defesa de libertação de Torres foi condicionada ao cumprimento de algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

De acordo com informações divulgadas pelo g1, em manifestação enviada ao Supremo, o subprocurador-geral da República, Carlos De Frederico Santos, afirmou que, agora que as investigações estão avançadas, a prisão de Torres pode ser substituída por medidas menos gravosas, como:

  • uso de tornozeleira eletrônica
  • proibição de deixar o DF
  • proibição de ter contato com os demais investigados
  • ficar afastado do cargo de delegado de Polícia Federal
  • O procurador justificou que a prisão de Torres foi determinada para evitar ocultação e destruição de provas, sendo que ”no atual cenário da investigação, não mais subsistem os requisitos para a manutenção da segregação cautelar”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que, neste momento das investigações, a manifestação pela soltura não indica uma avaliação sobre se o ex-ministro é ou não culpado pelos fatos ligados ao 8 de janeiro.

”Nesse sentido, sem qualquer juízo de antecipação da culpa, e reservando-se o Parquet [Ministério Público] a emitir sua opinião definitiva ao fim da apuração, registra-se que a presente manifestação está cingida à análise dos requisitos e pressupostos para a manutenção da prisão cautelar”, afirmou.