De acordo com publicação do jornal Folha de São Paulo, neste sábado (8), o presidente Jair Bolsonaro disse não ter exigido à Defesa mudança nas diretrizes estipuladas pelo Exército de ocasionar o retorno de militares ao trabalho presencial à vacina contra o coronavírus.
O chefe Executivo, egresso das Forças Armadas, ainda não tomou vacina, além de ser crítico às vacinações. Por temer mais uma crise com ele, o Exército cogita um esclarecimento público sobre as diretrizes estabelecidas pelo comandante da Força, general Paulo Sérgio Nogueira de Olivera.
O presidente disse que se ele quiser esclarecer ou não, está tudo bem pra ele. ”Não, [tem] exigência nenhuma. Não tem mudança. Pode esclarecer. Hoje tomei café com o comandante do Exército. Se ele quiser esclarecer, tudo bem, se ele não quiser, tá resolvido, não tenho que dar satisfação para ninguém de um ato como isso daí. É uma questão de interpretação”.
Na última segunda-feira (3), foi finalizado um documento que consta a orientação do comandante sobre a imunização em prevenção do coronavírus. Ele listou 52 diretrizes para serem seguidas por órgão de direção e comandos militares da área.
A Folha mostrou em reportagem publicada no último dia 24 que Exército, Aeronáutica e Marinha permitem que militares da ativa deixem de se vacinar contra a Covid-19, mesmo tendo obrigatoriedade para imunização contra febre amarela, tétano, hepatite B e outras doenças.