Prefeito diz que obras do hospital de Jaguaquara serão retomadas e serviços serão transferidos para UPA

Prefeito e secretária visitam UPA fechada. Foto: Facebook/Ascom

Mais um capítulo da longa e indesejável novela que envolve a reforma e ampliação do Hospital Municipal de Jaguaquara. Depois de meses paralisadas, as obras serão retomadas, conforme anúncio feito nesta terça-feira (26/11), pela Prefeitura Municipal, após a conclusão do processo licitatório que teve a empresa Mundi Engenharia e Construtora Ltda como a vencedora, com o valor de R$5.440.222,37 (cinco milhões quatrocentos e quarenta mil, duzentos e vinte e dois reais e trinta e sete centavos).

Inclusive, o prefeito Juliano Martinelli (PP), acompanhado da secretária de saúde Renata Rose e do controlador Judson Matos visitou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), fechada no distrito Stela Câmara Dubois, para onde devem ser transferidos todos os serviços, incluindo internamentos no período da execução das obras do hospital. Enquanto a Prefeitura se vangloria com o feito, a volta das obras representa mais um fator de preocupação para os moradores diante das dificuldades de deslocamento da cidade até o Entroncamento de Jaguaquara via BR-420 para buscar atendimento. Embora o Poder Público tenha informado que tudo será feito cuidadosamente, os novos transtornos serão inevitáveis.

LAMBANÇAS

As lambanças da gestão de saúde em Jaguaquara são antigas e se repetem com reflexos extremamente nocivo ao bem-estar da população, que sofre ora com o hospital interditado, ora com suas atividades funcionando parcialmente.

No último mês de setembro, a paralisação das obras de reforma e ampliação da unidade hospitalar de Jaguaquara foi tema de um amplo debate na Câmara de Vereadores, a partir de um requerimento apresentado pelo vereador e presidente Raimundo Louzado (PR), que convocou o representante da empresa Silva Estruturas Metálicas, Construções e Serviços Ltda., vencedora da primeira licitação realizada pela Prefeitura para executar as obras com convênio com o Estado.

Na ocasião, o empresário Edson Bispo disse que a paralisação dos serviços [fato que tem aumentado o sofrimento da população que busca atendimento na unidade hospitalar] se deu porque a fiscalização da Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB) detectou que a planilha licitada pela gestão municipal foi diferente da planilha autorizada pelo Governo [relembre]

Informou também quem que houve uma tentativa de fazer a alteração da planilha para readequações, porém, não foram feitas as devidas mudanças. Bispo disse ainda ter sido surpreendido pela Prefeitura com uma publicação no Diário Oficial de um distrato contratual e que a empreiteira vai recorrer à Justiça.

TRISTE ROTINA
Não é a primeira vez que o Blog Marcos Frahm traz à tona esta triste rotina da população da maior cidade do Vale do Jiquiriçá  quando o assunto é saúde pública. Tanto a reforma do Hospital Municipal, quanto o não funcionamento da UPA do Entroncamento, embora o prédio esteja concluído desde 2015, são situações que tem impactado fortemente no dia a dia do jaguaquarense, que precisa dos serviços de saúde, resultado do desleixo com o setor no município por parte daqueles que, quase sempre, somente lembram do povo em ano eleitoral, isso sem poupar prefeito, vereadores, deputados, governador, senador e presidente.

Ainda assim, todos torcem que as obras do Hospital, iniciadas em julho de 2018, sejam concluídas para por fim aos transtornos e prejuízos que os seus usuários têm sido vítimas.