Prefeita de Jaguaquara descarta trocar PP pelo Avante e diz que no momento não prioriza questão político-partidárias

”O meu foco agora é cuidar da cidade”, diz Edione. Foto: Blog Marcos Frahm

O Avante, antes comando pelo deputado federal Sargento Isidório e agora liderado pelo ex-deputado Ronaldo Carletto, que tomou posse como presidente da legenda partidária no último sábado (13), ganha reforços com a filiação de novas lideranças, inclusive do PP, de onde saiu Carletto.

Entretanto, nem todos decidiram que embarcarão no projeto. É o caso da prefeita de Jaguaquara, Edione Agostinone (PP), que resistiu a debandada de prefeitos do Progressistas em 2022 interessados em viabilizar a candidatura do ex-prefeito de Salvador ao Governo do Estado, ACM Neto (UB), após aliança de João e Cacá Leão com a oposição, numa tentativa frustrada de derrotar o PT.

Já considerada aliada de primeira hora do governador, a mandatária do maior colégio eleitoral do Vale do Jiquiriçá é cotada, conforme informações dos bastidores da política para um possível ingresso no Avante ou até mesmo no PT, cujo diretório local segue sem movimentações para candidatura própria desde 2012, quando o empresário Ricardo Leal (PT) foi derrotado pelo PP, representado à época pela candidatura do ex-prefeito Giuliano Martinelli, este que permaneceu no cargo até dezembro de 2020, exercendo dois mandatos consecutivos, passando o bastão para Edione.

Sabe-se lá se o PT terá candidato à Prefeitura de Jaguaquara, mas nos bastidores, os comentários são de que, o Partido dos Trabalhadores, tentará ampliar o número de prefeitos em cidades baianas e estaria mirando Edione para aliança com adversários que dividiram o mesmo palanque nas eleições estaduais, Raimundo do Caldo (PSD), derrotado por Agostinone por 58 votos de diferença em 2020 e Ricardo Leal, amigo de laços estreitos do ministro Rui Costa e que teria a pretensão de voltar ao páreo, mas só se o cavalo passar selado.

Porém, todos adotam o silêncio, inclusive a prefeita, que respondeu ao Blog do Marcos Frahm, nesta segunda-feira (15), quando indagada sobre o assunto e disse que no momento não prioriza questão político-partidárias, que no momento certo falará de eleições. ”O meu foco agora é cuidar da cidade, trabalhar para resolver os problemas na vida das pessoas. Por enquanto, fico onde estou, mas se eu for mudar, o que ainda não é permitido, todos vão saber. Temos muito tralho pela frente, projetos que ainda serão concretizados e a política fica para ser discutida na hora certa”, afirmou. Entre os apoiadores de ACM Neto, os ex-prefeitos Giuliano Martinelli (PP) e Ademir Moreira (UB), o silêncio é ainda maior.