Policiais militares são presos em Jequié e Poções por participação na greve de 2012

Quatros PMs foram presos em Jequié. Foto: Blog Marcos Frahm
Quatros PMs foram presos em Jequié. Foto: Blog Marcos Frahm

Seis soldados ligados às entidades classistas, Aspojer, Aspra e APPM, foram detidos no último dia (9/9) e permanecem na  sede do 19º Batalhão da Polícia Militar em Jequié, cumprindo pena de 10 e 15 dias de acordo com a natureza da ”falta disciplinar” (leve ou média) e terão o salário cortado referente a esse período. Eles foram condenados pela participação na greve da PM de 2012: Adailton Correia dos Santos, punido com 10 dias de detenção; Ronikley Dantas dos Santos (15 dias); Ideilton Oliveira Ferreira (15 dias); Gilson de Souza Santana (10 dias) e Elielson Gonçalves dos Passos (10 dias), que se encontra na 75ª CIPM de Poções. O vice-presidente da APPM na Bahia, Gilvan Souza Santana, foi condenado a 15 dias de detenção, mas em razão do seu mandato de vereador em Jequié, apresentou-se no Batalhão PM e permanece em liberdade. Ele disse na segunda-feira (14/9), em contato com o blog Jequié Repórter, não procederem as informações de que os colegas presos estejam sendo vítimas de mal tratos. ”Tenho visitado o pessoal, inclusive tomei café com eles e não ouvi nenhuma reclamação acerca do tratamento que recebem no BPM”, disse Gilvan ao Jequié Repórter. O Ministério Público Federal na Bahia denunciou vários lideres do movimento grevista, dentre eles o vereador e ex-policial militar Marco Prisco e o vereador de Jequié, Gilvan Souza Santana. Para o MPF, os políticos obtiveram lucros políticos nas eleições de 2012 por conta da greve. Desde as primeiras acusações os soldados alegam não terem cometido nenhuma infração que justificasse uma possível punição.