Polícia Federal indicia Roberto Britto, Negromonte e outros deputados na Operação Lava Jato

Roberto é alvo na Lava Jato. Foto: Blog Marcos Frahm
Roberto Britto é alvo na Lava Jato. Foto: Blog Marcos Frahm

A Polícia Federal informou ter concluído nesta segunda-feira (21/3) quatro inquéritos da Operação Lava Jato envolvendo os ex-deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA) e os deputados federais Mario Negromonte Junior (PP-BA), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG) e Roberto Pereira de Britto (PP-BA). Todos foram indiciados por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A polícia concluiu que eles receberam reiteradas vezes, entre 2006 e 2014, propina proveniente de contratos da Petrobras com as empresas Braskem/Odebrecht, Queiroz Galvão, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. A Mario Negromonte Júnior também foi imputado crime de ameaça. A PF aponta que ele tentou obstruir as investigações da Lava Jato, ‘fazendo ameaça velada à integridade física do ex-deputado João Argolo e seus familiares na tentativa de evitar que ele fizesse acordo de delação premiada Os inquéritos foram enviados nesta segunda para o Supremo Tribunal Federal (STF), que supervisiona as investigações, junto com todo o material colhido na investigação. Agora, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidirá se apresentará denúncia ao Supremo. O esquema era operado pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato e um dos personagens centrais da Lava Jato.

Leia abaixo íntegra da nota da Polícia Federal:

PF CONCLUI INQUÉRITOS DO STF

Brasília/DF – A Polícia Federal encerrou na data de hoje, 21/03, 4 (quatro) Inquéritos instaurados no âmbito da Operação Lava-Jato que apuravam o envolvimento de políticos em possíveis crimes de corrupção e desvio de recursos ocorrido na Diretoria de Abastecimento da PETROBRAS. Os inquéritos são 3992, 3980, 3999 e 4000 do STF. Com base nas provas colhidas no decorrer das investigações, em especial os resultados de buscas e apreensões, prova testemunhal, documental, diligências de campo e relatórios de análise de inteligência de lavra da equipe que compõe o Grupo de Inquéritos do Supremo Tribunal – GINQ, a Polícia Federal decidiu por imputar aos investigados os crimes de corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa, todos em concurso de pessoas, bem como o crime de ameaça. Os Inquéritos seguem nesta data para o Supremo Tribunal Federal, juntamente com todo o material produzido no decorrer das investigações, e passam a aguardar decisão sobre o oferecimento de Denúncia pelo Procurador Geral da República.