Para o governador do Maranhão, que passou para juiz, grampo de Moro é prova ilícita contra Dilma

Flávio Dino fez concurso para juiz. Foto Albino Oliveira
Flávio Dino passou em concurso para juiz. Foto Albino Oliveira

O governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), questiona legalidade do grampo da conversa entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, no Planalto, divulgado pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato; A comissão do impeachment diz que vai pedir as gravações. ”Não pode. Prova ilícita. Está na Constituição e na Lei 9296/96”, afirmou Dino, pelo Twitter. ”Direito não é ciência exata. Mas também não comporta qualquer interpretação para sustentar teses jurídicas estranhas, por mera luta política”, acrescentou. ”Há limites legais que, quando quebrados, resultam em grandes erros. Infelizmente é o que, nesse momento, acontece com operação Lava-Jato. Muito difícil que a legalidade dessa interceptação telefônica seja confirmada quando do exame sereno e técnico das provas daí advindas”, disse. ”Tenho desde o início apontado a importância da Lava-Jato. Mas regras constitucionais e processuais não podem ser quebradas. Lamento muito. Chegamos a uma grave crise institucional. Sem serenidade, difícil sair dela sem a destruição”, concluiu o governador, que passou em primeiro lugar no mesmo concurso para juiz federal prestado por Moro.